Minha respiração ficou presa na garganta quando duas formas enormes emergiram da escuridão. Lobos. Não do tipo que você veria em um documentário sobre a natureza — estes eram enormes, facilmente do tamanho de cavalos pequenos. Seus olhos brilhavam sob o luar, um par ardendo de fúria, o outro vigilante e calculista.
O lobo agressivo, mais escuro e ligeiramente maior, rosnou e avançou. Tropecei para trás, tropeçando nos meus próprios pés e caindo com força na pedra fria. O impacto tirou o ar dos meus pulmões, mas o terror me manteve consciente.
"Afastem-se!" gritei, com a voz trêmula.
Os lobos circulavam um ao outro, dentes à mostra. O protetor — com pelo tão negro que parecia absorver o luar — posicionou-se entre mim e o agressor. Eles colidiram em um borrão de presas e garras, seus rosnados ecoando pelas paredes do pátio.
Minha mente corria enquanto os observava lutar. Estes não eram animais normais. As peças se encaixaram quando me lembrei das lendas que acabara de ler.