Congelei, segurando o lençol contra meu peito, encarando os olhos azuis tempestuosos de Kaelen Vance. A fúria que irradiava dele era quase tangível, crepitando no ar entre nós.
— Sr. Vance — gaguejei, minha voz mais aguda que o normal. — O que o senhor está...
— Vista-se — ele cortou, cada palavra afiada como vidro. — Agora.
Ao meu lado, Silas se mexeu, aparentemente não incomodado com nossa plateia. Ele se espreguiçou languidamente, sem fazer nenhum movimento para se cobrir enquanto o lençol escorregava até sua cintura.
— Bom dia, Diretor — disse ele educadamente, como se ser pego nu comigo fosse algo corriqueiro. — Lindo dia, não é?
O maxilar de Vance se contraiu tão forte que pensei ter ouvido dentes rachando. — Eu disse para se vestirem. Os dois. — Seus olhos nunca deixaram meu rosto, mesmo enquanto se dirigia a nós dois. — Vocês têm um minuto.