Meus pulmões ardiam enquanto eu pressionava minhas costas contra a parede mofada do prédio abandonado, esforçando-me para ouvir os homens lá fora. Eles estavam falando sobre mim—ou melhor, sobre os corpos que eu havia deixado para trás.
"Três mortos, incluindo aquela mulher Serafina," disse um deles. "Garganta dilacerada. Trabalho brutal."
Engoli em seco, o gosto metálico de sangue ainda persistindo na minha boca. Eu não tinha a intenção de matá-la, mas quando ela veio para cima de mim com aquela faca enquanto eu tentava escapar... meu lobo assumiu o controle.
"Não importa agora," respondeu o segundo homem, sua voz pesada de resignação. "Os reinos estão selados. Estamos isolados dos outros."
Meu coração parou. Isolados? Escorreguei pela parede até atingir o chão, meu uniforme hospitalar ensanguentado prendendo no concreto áspero. Era por isso que eu não conseguia mais sentir meus vínculos? Por que aquela presença reconfortante em minha mente havia silenciado?