Eu encarei Kaelen, minha boca abrindo e fechando como um peixe buscando ar. Sua pergunta pairava entre nós, impossível de esquivar ou ignorar.
"Eu... eu não..." gaguejei, sentindo o calor subir às minhas bochechas.
Seus olhos verdes pareciam brilhar na escuridão, me prendendo no lugar enquanto ele esperava. Ele não me apressou nem preencheu o silêncio desconfortável. Em vez disso, observava com aquela paciência irritante, como se tivesse a noite toda para me ver contorcer.
"Deveríamos entrar," finalmente consegui dizer, tentando passar por ele em direção à porta da frente.
Seu braço disparou, bloqueando meu caminho. "Não. Responda minha pergunta primeiro."
Cruzei os braços sobre o peito. "Está frio aqui fora."
"Eu te manterei aquecida," ele rebateu suavemente. "Pare de evitar a pergunta, Seraphina."
"Não estou evitando nada!" Minha voz saiu mais afiada do que pretendia. "Só não acho apropriado ter essa conversa na sua porta onde qualquer um poderia nos ouvir."