— Sim, Clara — eu disse com firmeza, encarando-a sem hesitar. — Espero que você cave com as próprias mãos. Assim como eu tive que fazer inúmeras vezes sob o comando seu e de Lady Beatrix.
A boca de Clara se abriu. Seus olhos correram desesperadamente para meu pai, buscando salvação desta humilhação.
— Pai! — ela implorou. — O senhor não pode permitir isso!
Para surpresa de todos — inclusive a minha — meu pai pigarreou e endireitou-se na cadeira. — Clara, faça o que Isabella está dizendo.
— Mas... — Clara começou, sua voz se elevando.
— Chega! — O punho do meu pai desceu sobre a mesa, fazendo os talheres saltarem. — Você vai fazer o que sua irmã ordenou. Pela primeira vez na sua vida, você vai enfrentar as consequências dos seus atos.
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Meu pai, me defendendo? O homem que havia fechado os olhos para meu sofrimento por anos?