A luz dourada pulsava contra minha palma enquanto eu apertava o pingente—o receptáculo das minhas memórias sacrificadas. Cavalgávamos sem pausa, nossos cavalos levados ao limite. Cada momento contava nesta corrida contra a Flor das Sombras que consumia meu filho.
"Vossa Graça, deveríamos deixar os cavalos descansarem," gritou o Capitão Reynard atrás de mim.
"Não," gritei contra o vento. "Continuamos."
O estranho vazio dentro de mim persistia. Eu sabia que deveria sentir uma preocupação desesperada pelo meu filho, uma ansiedade ardente enquanto galopávamos em direção a casa—mas essas emoções pareciam distantes, como pinturas que eu podia observar, mas não tocar. O que restava era uma determinação fria, uma compreensão lógica de que meu filho precisava de mim, despida do peso emocional que deveria acompanhar tal conhecimento.