A letra tinha apenas duas linhas, e a melodia não era difícil. Depois de cantarolar a melodia algumas vezes para pegá-la, Gu Xiangmeng limpou a garganta e começou a cantar.
À beira do lago em meus sonhos, esqueci o calor do seu abraço.
Na margem oposta em meio à multidão, você ainda está lá esperando pela minha coragem?
Oh, viajante!
O tempo passa tão devagar, por que não para e descansa um pouco?
Oh, meu amor!
O tempo voa, por que ainda não posso ver seu rosto envelhecido...
Esse era o fim da música. Não havia muita habilidade técnica envolvida, e não era algum tipo de melodia divina, mas a voz de Gu Xiangmeng — clara, porém levemente rouca — imediatamente deu vida a essa música, que não parecia combinar com sua idade.
Tinha a pureza da juventude com um toque de cansaço do mundo, vivaz mas tingida de melancolia, como se ela fosse uma fada com rosto de menina, cantando sobre o amor através da extensa jornada da vida para os viajantes que passavam.
Clap, clap, clap, clap!