Mais horas se passaram.
O ar tremia devido ao calor esmagador, transformando a areia sob seus pés em um mar interminável de morte dourada. Andar sobre ela era como atravessar uma grande panela de cozinha aquecida.
O suor escorria pelo rosto de todos, com seus corpos doendo pelo esforço imenso que era caminhar sob o sol impiedoso. Até os mais fisicamente capazes entre eles sentiam — o cansaço lento e rastejante que se cravava em seus próprios ossos.
A maldita espera só piorava as coisas.
Não havia ataques há horas. Nenhuma minhoca de areia, nenhum horror morto-vivo, nada. Apenas silêncio. Quanto mais se prolongava, mais insuportável se tornava.
Ninguém confiava nisso.