9-Filhos do chakra, amor sem medida

O tempo passava, mas agora já não era uma contagem regressiva até o fim.

Era um ciclo que girava em torno da eternidade.

Naruto, Hinata e Kiba tinham feito uma escolha: viver juntos, morrer juntos, renascer juntos — e agora, gerar juntos uma nova linhagem.

Não apenas filhos. Um clã.

O primeiro parto foi duplo. Naruto e Hinata, lado a lado, dando à luz duas crianças ao mesmo tempo. Kiba estava lá, nervoso como um animal preso, andando em círculos, latindo ordens sem sentido para as parteiras.

Mas quando ouviu os dois primeiros choros — um menino com olhos intensamente azuis e uma menina com cabelos perolados e orelhas levemente felinas — Kiba caiu de joelhos e chorou.

— Eles são... meus. Nossos. — disse, com a voz falhando.

Naruto, suada, com os cabelos grudados ao rosto, ainda sorria.

— Os primeiros do Clã Kyūbi.

Hinata segurava a menina no colo, seu rosto sereno como o luar.

— E nunca serão os últimos.

A notícia se espalhou por Konoha como fogo.

Um novo clã havia surgido. Com base no chakra da Raposa de Nove Caudas. Com herança de três linhagens poderosas:

– A força instintiva dos Inuzuka.

– O sangue milenar dos Hyuuga.

– E o chakra ancestral de Kurama.

Alguns reagiram com respeito. Outros com medo.

Mas ninguém pôde negar: o Clã Kyūbi havia nascido.

Com o tempo, a decisão foi selada com honra.

Naruto aceitou ser a matriarca do clã.

Hinata, a conselheira espiritual e pedagógica.

Kiba, o líder dos guerreiros e protetor da “alcateia”.

E como eles se amavam… a vida fluía naturalmente.

Gravidezes se tornaram frequentes — e bem-vindas.

Naruto e Hinata adoravam estar grávidas. Seus corpos reagiam com alegria e vitalidade ao chakra vivo dos filhos, e até mesmo Kurama se emocionava ao sentir cada nova alma sendo moldada dentro de sua descendente.

Kiba, por sua vez, amava cada etapa. O toque das barrigas crescendo. O cheiro das fêmeas prenhas. A missão de cuidar, proteger e alimentar.

— Parir é trabalho de fêmeas fortes. Vocês são as maiores guerreiras que já conheci. — dizia com orgulho, enquanto preparava banhos quentes ou caçava pessoalmente ingredientes para os desejos alimentares mais absurdos.

E assim, de um em um...

De dois em dois...

A linhagem Kyūbi crescia.

Os filhos nasciam com habilidades raras:

– Alguns com olhos que viam chakra em padrões únicos.

– Outros com sentidos apurados como os de uma fera.

– Alguns já controlavam chakra com a fluidez de veteranos.

Mas todos, sem exceção, nasciam com algo em comum:

Um traço dourado nos olhos.

Uma aura calorosa e viva.

E um laço inquebrável com sua “mãe primordial”: Naruto.

Certa noite, após o quinto parto duplo, Naruto estava sentada na varanda da residência Kyūbi, com Kiba deitado em seu colo e Hinata acariciando seu ombro.

Ela olhou para as estrelas.

— Nós fizemos isso... criamos algo nosso. Algo que não será esquecido.

Hinata sorriu, colando o rosto ao dela.

— E faremos de novo. E de novo. Sempre que for preciso.

Kiba, com um grunhido satisfeito, completou:

— E sempre que vocês quiserem... eu tô pronto.

Naruto riu, o ventre ainda aquecido por uma nova vida que já começava a crescer ali dentro.

E soube, com toda certeza do mundo:

Nunca estaria sozinha.

E o Clã Kyūbi jamais teria fim.

Continua...