Em algum lugar, além das fronteiras daquilo que os mapas chamam de mundo,
existe uma floresta onde as árvores não perdem folhas.
Onde os rios cantam com vozes suaves.
Onde o céu tem um tom de azul que nunca foi visto do lado de fora.
Onde ninguém morre.
E ninguém se esquece.
Ali, vivem aqueles que escolheram o amor,
em vez do medo.
A aceitação, em vez do julgamento.
A criação, em vez da destruição.
Ali… vive o Clã Kyūbi.
—
Naruto, a Mãe Eterna, caminha descalça entre as flores.
Seus olhos carregam séculos, mas brilham com a leveza de uma garota que sorri pela primeira vez.
Ela já não precisa falar para ser ouvida.
Já não precisa se mover para ser sentida.
Seu ventre, sempre fértil, já não é símbolo de fardo,
mas de promessa.
De continuidade.
De vida.
Ao seu lado, Hinata,
a guardiã do coração,
a calma eterna.
E Kiba,
a força que protege sem ferir,
o corpo que ama sem exigir.
E ao redor deles, filhos, filhas, filhotes.
De chakra e de carinho.
De paz e de riso.
Um povo que nunca precisou conquistar nada,
porque já nasceu completo.
—
Airi, agora quase adulta, caminha entre as novas gerações.
Seus cabelos dançam com o vento como se fossem parte da floresta.
Ela ensina canções de cura, cultiva árvores que brilham no escuro.
Ela lembra de um tempo em que chorava sozinha,
e sorri, porque agora jamais estará só.
—
Fora dali, o mundo seguiu.
Esqueceu.
Deturpou.
Temeu.
Mas de vez em quando, alguém conta uma história...
Sobre uma mulher que sorri e o sol brilha mais forte.
Sobre um lugar onde todos vivem como crianças em sonho.
Sobre uma mãe que nunca morreu.
E que ainda espera, pacientemente,
que o mundo esteja pronto para voltar ao jardim.
—
Talvez, um dia, outra alma pura atravesse a névoa.
Talvez não.
Mas isso não importa.
Porque no coração da floresta,
o tempo dorme,
e o amor desperto floresce para sempre.
E esta…
não foi uma história de guerra.
Foi uma história de cura.
De transformação.
De família.
De amor eterno, seguro e puro.
E sempre será.
—
🌿 Fim.