Zenanicher

Em sua primeira vida, Primrose Vielle Illvaris pensava que o Rei Lycan a odiava. Ele mal falava com ela, a evitava como a peste, e seu povo a tratava como se fosse invisível.

Afinal, ela não era sua escolha, apenas uma companheira do destino que ele nunca quis.

Então, quando ela teve um fim trágico, ela recebeu a morte de braços abertos, esperando atravessar os portões do céu e passar seus dias correndo pelo jardim de flores.

Mas então... ela renasceu.

Jogada de volta ao passado, exatamente no momento em que foi forçada a se casar com ele, Primrose estava determinada a deixá-lo antes que a história se repetisse.

Mas justo quando planejava sua fuga, algo estranho aconteceu—

Ela podia ouvir os pensamentos dele.

E eles não eram nada parecidos com seu comportamento frio e distante.

【Minha esposa está tão bonita hoje... Mas se eu olhar para ela, não conseguirei deixá-la ir.】
【Sou uma besta, sou um monstro, não mereço minha esposa....】

Primrose quase engasgou com o ar.

Espera—o quê?!

Quanto mais ela escutava, mais chocante a verdade se tornava—

ELE ERA OBCECADO POR ELA.

Toda vez que ela estava por perto, os pensamentos dele gritavam:
"MINHA."
"COMPANHEIRA."
"MINHA ESPOSA ESTÁ BRAVA COMIGO! EU MEREÇO MORRER!!"

Como assim?! Desde quando o frio e intocável Rei Lycan se transformou nesse patético tolo apaixonado?!

O Companheiro Que Lê Mentes: Por Que o Rei Lycan É Tão Obcecado Comigo?!

Primrose sentou-se graciosamente diante dele, abaixando a cabeça e apertando seu leque com força.


"Eu... fiz algo errado hoje, Vossa Majestade?" Sua voz era suave, hesitante, como se ela estivesse mal contendo sua angústia.


Ela levou uma mão delicada aos lábios, seus olhos se arregalando como se tivesse acabado de perceber algo devastador. "É-É porque... eu não fui boa o suficiente para você ontem à noite?"


A carranca de Edmund se aprofundou. "Por que você pensaria isso?"


"Você está falando comigo tão friamente..." ela sussurrou suavemente. "Eu só pensei... talvez você estivesse desapontado. Talvez você tenha se arrependido."


Ela fez uma pausa por um momento, suspirando como se estivesse segurando as lágrimas. "Ou talvez... talvez você esteja bravo comigo por... sujar sua cama."


Ela soltou um suspiro dramático antes de bater levemente na própria cabeça com o leque, uma tentativa lamentável de autopunição.


O Rei Obediente