Zenanicher

Em sua primeira vida, Primrose Vielle Illvaris pensava que o Rei Lycan a odiava. Ele mal falava com ela, a evitava como a peste, e seu povo a tratava como se fosse invisível.

Afinal, ela não era sua escolha, apenas uma companheira do destino que ele nunca quis.

Então, quando ela teve um fim trágico, ela recebeu a morte de braços abertos, esperando atravessar os portões do céu e passar seus dias correndo pelo jardim de flores.

Mas então... ela renasceu.

Jogada de volta ao passado, exatamente no momento em que foi forçada a se casar com ele, Primrose estava determinada a deixá-lo antes que a história se repetisse.

Mas justo quando planejava sua fuga, algo estranho aconteceu—

Ela podia ouvir os pensamentos dele.

E eles não eram nada parecidos com seu comportamento frio e distante.

【Minha esposa está tão bonita hoje... Mas se eu olhar para ela, não conseguirei deixá-la ir.】
【Sou uma besta, sou um monstro, não mereço minha esposa....】

Primrose quase engasgou com o ar.

Espera—o quê?!

Quanto mais ela escutava, mais chocante a verdade se tornava—

ELE ERA OBCECADO POR ELA.

Toda vez que ela estava por perto, os pensamentos dele gritavam:
"MINHA."
"COMPANHEIRA."
"MINHA ESPOSA ESTÁ BRAVA COMIGO! EU MEREÇO MORRER!!"

Como assim?! Desde quando o frio e intocável Rei Lycan se transformou nesse patético tolo apaixonado?!

O Companheiro Que Lê Mentes: Por Que o Rei Lycan É Tão Obcecado Comigo?!

Primrose olhou para ele, sem saber se ria, o repreendia ou escondia o rosto de vergonha.


O jeito como ele parecia tão sério em culpar a si mesmo por algo que ela claramente havia causado.


Era ao mesmo tempo ridículo e, de alguma forma, estranhamente doce.


O poderoso Rei Lycan, temido por todos, estava sentado ali se culpando por uma prateleira caída e se preocupando com ela como se fosse a coisa mais frágil do mundo.


Honestamente, isso fazia o coração de Primrose doer um pouquinho.


"Vossa Majestade, ninguém tem culpa aqui," Primrose disse suavemente, esperando aliviar a culpa dele e talvez um pouco da sua própria por causar a bagunça. "A estante simplesmente caiu, e eu por acaso estava parada ali. Só isso. Então... você não precisa se desculpar."


[Minha esposa é muito bondosa! Ela está até me perdoando quando quase a deixei ser esmagada!]


Quem tentou "matá-la" foi aquela estúpida estante rangente!


O Rei Que Tocou Seus Pés