Primrose virou os olhos para o relógio e piscou surpresa. Já passava da meia-noite.
"O quê? Tão rápido?" ela fez um leve biquinho. "Nem conseguimos conversar por muito tempo."
Lazarus acariciou suavemente a bochecha da filha. "Não tem jeito, Rosie. É muito arriscado viajar de volta depois do nascer do sol," ele disse. Então acrescentou: "Vou escrever mais cartas para você de agora em diante. Por favor, certifique-se de respondê-las."
Primrose desviou o olhar, sentindo uma profunda pontada de culpa. Antes, ela nunca havia respondido às cartas do pai. "Eu vou," ela prometeu suavemente.
O encontro deles pareceu curto demais, talvez nem duas horas, e eles não conversaram realmente sobre tudo o que ela queria dizer.
Mas ainda assim, aquelas duas horas foram suficientes.
Suficientes para acalmar a dor em seu coração, suficientes para aliviar a pesada saudade que ela carregava por tanto tempo.
Toda a preocupação que ela mantinha enterrada dentro de si finalmente se dissipou.