O Encontro do Passado

— Mas como você acabou trabalhando com meu pai? — Primrose perguntou, estreitando os olhos.

— Os ingredientes vêm de Noctvaris, certo? Você poderia ter feito isso sozinho em vez de trabalhar com uma destilaria de propriedade de humanos.

— Nós tentamos destilar por conta própria — respondeu Edmund. — Mas a fruta é extremamente difícil de fermentar e refinar. Um pequeno erro, e em vez de se tornar uma bebida calmante, transforma-se em algo podre, até mesmo venenoso.

Ele fez uma pausa por um momento, depois acrescentou suavemente: — E na verdade... foi você quem me disse para trabalhar com seu pai.

Os olhos de Primrose se arregalaram. Ela o encarou incrédula.

— Eu? — piscou, confusa, olhando ao redor da sala como se estivesse buscando em sua memória. — Tenho quase certeza de que nunca nos conhecemos antes.

— Nós nos conhecemos — disse Edmund gentilmente. — Mas talvez você não se lembre. Foi há muito tempo. Acho que... cerca de dez anos atrás.