Um Presente da Minha Esposa (I)

Primrose estava tremendo tanto que seus dentes não paravam de bater. Ela já havia tentado se abraçar, esfregar as mãos, até mesmo se enrolar em uma bola, mas o frio se agarrava a ela como uma mancha em um prato sujo.

Estava tão amargamente frio que, no final, ela não pôde evitar se jogar nos braços de Edmund antes que a hipotermia a atacasse.

"C-como o ar pode estar tão frio?" Primrose se agarrou a ele firmemente, como se tentasse se fundir ao corpo dele apenas para encontrar calor.

A carruagem ainda estava em movimento, pois os soldados estavam fazendo o possível para encontrar um local seguro para montar acampamento.

Felizmente, o cocheiro havia reduzido o ritmo para evitar que muito vento frio entrasse pela ventilação da carruagem.

"Esta região é um pouco especial," disse Edmund, envolvendo-a firmemente em seus braços e puxando-a para dentro de seu grande casaco de pele. "Diferente de outros lugares, a terra ao redor da Cidade Sombralua e seus arredores é bastante única."