Capítulo 9: Esta Noite e Sempre

O sangue ainda estava grudado em suas mãos.

Zayn fechou os dedos em punhos enquanto caminhava pelo corredor, lento e deliberado, suas botas ecoando nas paredes de pedra. O cheiro de sangue, um odor forte que era espesso, metálico, afiado, persistia em seu nariz, uma lembrança do que ele havia feito. Do que ele não havia terminado.

Ele havia quebrado o último herdeiro da Pata de Trovão. Reduzido-o a um destroço choroso e suplicante. O bastardo havia implorado pela morte, o amaldiçoado, oferecido segredos e nomes, promessas de rendição.

Mas Zayn não lhe dera a morte. Ainda não. Ele precisava que ele sofresse. Que sentisse cada segundo de perda e degradação que seu próprio povo havia suportado.

E ainda assim... Zayn não sentia nada.

Nem triunfo. Nem paz. Apenas a mesma dor monótona em seu peito que nunca parecia desaparecer. Não importava quanto sangue ele derramasse, não importava quantos gritos ele arrancasse de suas gargantas — não era suficiente.