O ar noturno estava cortante e frio contra a pele de Lily enquanto ela deslizava por entre as árvores.
Ela se movia silenciosamente, seus pés descalços mal fazendo barulho sobre a terra úmida. A floresta era densa, mas a escuridão não a incomodava. Ela conseguia enxergar o suficiente.
Só mais um pouco, ela disse a si mesma. Você consegue fazer isso.
Quando chegou à clareira, ela parou e olhou para baixo.
O antigo cofre de pedra estava parcialmente afundado na terra.
Lily olhou ao redor uma vez—duas vezes. Ninguém.
Apenas o murmúrio da floresta, o zumbido dos insetos e o pio distante de uma coruja.
Ela se agachou e pressionou suavemente a mão contra o selo do alçapão do cofre. Ele se destrancou com um clique satisfatório. Lily abriu a porta.
Dentro, o ar estava mais frio, carregado com o cheiro de papel velho, pedra e poeira.