Elara desceu pelo caminho sinuoso que levava ao pomar de maçãs. O sol do fim da tarde projetava longas sombras pela paisagem montanhosa, pintando tudo em tons dourados e quentes. Ela respirou fundo, enchendo os pulmões com o ar fresco da montanha.
O pomar era mais bonito do que ela esperava. Fileiras de macieiras se estendiam pela encosta suave, seus galhos carregados de frutas maduras. Elara se aproximou da árvore mais próxima e esticou o braço, colhendo uma maçã vermelha perfeita. Ela a poliu em seu suéter e deu uma mordida satisfatória.
O suco doce inundou sua boca. Ela não conseguia se lembrar da última vez que havia provado algo tão simples e ainda assim tão delicioso.
Depois de colher mais algumas maçãs na pequena bolsa fornecida pelo retiro, Elara notou uma trilha estreita que seguia montanha acima. Uma placa de madeira indicava que levava a um mirante para o pôr do sol. Ela verificou seu relógio – ainda havia bastante tempo antes do anoitecer.