O Sonho de um Tolo

O ar estava errado.

Max permaneceu imóvel, seus olhos se estreitando enquanto a névoa se agarrava à sua pele.

Não era uma neblina comum.

Estava viva, densa com intenção, carregando o peso de algo antigo e corrompido.

A 10.000 milhas do centro das Profundezas do Luto, e o ambiente já era sufocante.

Aqui, a energia infernal não apenas flutuava—

Ela gotejava.

Pequenas gotas, como contas, brilhavam fracamente na névoa, flutuando pelo ar como tinta na água.

Estavam por toda parte.

Na frente do seu rosto.

Sob suas botas.

Pressionando contra sua pele como o hálito frio de uma besta adormecida.

E por baixo disso—

Um zumbido profundo, quase inaudível.

Um constante e baixo ruído vibrando através da terra, como se as próprias Profundezas do Luto estivessem vivas.

Max podia sentir.

Sua própria energia, seu próprio mana e força da alma, sendo puxados, como se cordas invisíveis estivessem puxando sua própria alma.

Não era violento.

Era sutil. Gentil. Quase como uma sedução.