"Só estou evitando uma construção. Confie em mim, este caminho é mais rápido."
Eu não confiava nela nem um pouco, mas o cansaço havia desgastado minhas defesas. A noite sem dormir no hospital me deixou mal conseguindo manter os olhos abertos. Recostei-me no assento de couro macio do Porsche, a tensão derretendo dos meus ombros apesar das minhas suspeitas.
"Você realmente parece precisar de descanso," comentou Sarah, sua voz impossivelmente alegre para esta hora da manhã. "Os bancos de hospital não são exatamente projetados para conforto."
Olhei pela janela, observando a cidade passar em borrões. Como ela sabia que eu tinha dormido em um banco? Eu não havia mencionado isso.
"Já passei por isso," ela continuou, como se lesse meus pensamentos. "Os assentos de vinil, aquelas luzes fluorescentes horríveis... não há nada pior que tentar dormir em um hospital."
Minha paranoia diminuiu um pouco. Talvez ela estivesse apenas puxando conversa.