Eu encarei a mancha de sangue no chão onde os membros da alcateia haviam morrido. O sangue deles havia secado em um padrão escuro e enferrujado contra o azulejo branco. Alguém havia tentado limpá-lo, mas o contorno teimoso permanecia como uma sombra. Um lembrete.
Meu estômago se contorceu.
Eu deveria estar horrorizada. Devastada. Essas eram pessoas que eu conhecia há anos. Não exatamente amigos — não depois de como me trataram — mas rostos familiares da minha vida anterior.
Então por que eu estava sentada aqui, relembrando a maneira gentil com que Kael havia enfaixado meu pulso? A estranha segurança que senti quando suas mãos enormes envolveram as minhas?
Que diabos havia de errado comigo?
"Você está perdendo a cabeça," sussurrei para mim mesma, puxando os joelhos contra o peito.
A lembrança do lobo de Kael falando se repetia na minha mente. Lykos. Esse era seu nome. E ele realmente me defendeu, repreendeu Kael por me assustar.