Um som me arrancou do meu sono sem sonhos. Minhas pálpebras pareciam pesadas como chumbo, e minha boca estava seca como um deserto. O quarto estava mais escuro do que eu lembrava, com apenas uma única luz iluminando o espaço.
"Senhorita Croft?" A voz de um homem, desconhecida mas profissional, atravessou minha consciência nebulosa. "Estou aqui para levá-la para fazer alguns exames de imagem."
Pisquei várias vezes, lutando para focar na figura ao lado da minha cama. Ele vestia um uniforme azul claro e tinha uma prancheta debaixo do braço. Seu rosto era comum, esquecível — o tipo que você passaria na rua sem olhar duas vezes.
"Exames?" Minha voz saiu rouca. "Agora? Que horas são?"
"Pouco depois da meia-noite," ele respondeu suavemente, já destrancando as rodas da minha cama. "Ordens médicas. Precisamos verificar sua cicatrização interna."