De jeito nenhum.
Mesmo que ele me peça, eu realmente não consigo fazer isso.
Mantenho meu rosto virado para o lado, encarando o padrão desbotado de flores da colcha. Meu pulso disparou até a estratosfera, mas estou determinada a não olhar para o rosto dele. Se eu olhar, estarei perdida, caindo tão fundo nas profundezas pecaminosas do inferno que acho que nunca mais conseguirei voltar.
Não estou pronta.
— Violet — sua voz cai para um murmúrio sedoso perto do meu ouvido.
Aperto os olhos fechados. — Não.
Mas ele não escuta. Em vez disso, lábios quentes pressionam contra minha bochecha, o contato leve como uma pluma e devastadoramente doce. Minha respiração falha enquanto ele traça um caminho preguiçoso pela minha pele, sem pressa, como se tivesse todo o tempo do mundo para mapear cada contorno do meu rosto.
— Olhe para mim — ele repete, seu hálito quente contra minha têmpora.
Balanço a cabeça, o movimento quase imperceptível. Sua risada em resposta vibra através dos meus ossos.