Recapitulação (3)

Leo mal havia começado a se recuperar da transfusão de sangue quando as vozes ao seu redor ficaram mais altas — mais nítidas, mais frenéticas.

"É a família do garoto! Eles estão tentando resgatá-lo. Não os impeçam—dispensem os guardas. Deixem que entrem na câmara voluntariamente. Se os contemos, podemos testar todos de uma vez," disse um dos cientistas, seu tom transbordando de excitação perversa.

As palavras atingiram Leo como um raio, todos os alarmes em sua mente disparando de uma vez.

'Por que eles estão aqui?' ele pensou, o pânico se instalando, enquanto começava a lutar inquietamente contra suas amarras.

"É tarde demais," respondeu a segunda voz em um tom cada vez mais agudo. "Não há interfone, nenhuma maneira de contatá-los daqui. Eu teria que correr para detê-los manualmente—"

"Seu idiota! Eu te disse cem vezes para instalar interfones básicos. Você é uma desgraça de discípulo!" o primeiro retrucou.

"Sinto muito, Mestre. Sou indigno—"