(Mundo de Tempo Paralisado, 46 Quilômetros da Entrada da Floresta, Equipe de Leo, Dia 4)
Dias e noites se fundiam em um só no Mundo de Tempo Paralisado.
Não havia sol visível, nem lua, e não havia verdadeira mudança de luminosidade ou ritmo entre noite e dia.
O céu acima pairava em um crepúsculo permanente, nunca verdadeiramente escuro, nunca verdadeiramente claro, apenas um constante laranja-acinzentado abafado, que modulava no máximo alguns tons ao longo do dia.
No entanto, enquanto o horizonte do mundo já era deprimente por si só, dentro da floresta, as coisas eram ainda piores.
A copa da floresta era tão densa que estrangulava o pouco de luz ambiente que conseguia atravessá-la, e não importava a hora, parecia que o mundo havia colapsado na escuridão — e as únicas coisas que davam forma a ele eram a casca branco-fantasmagórica das árvores e o fraco brilho verde dos óculos de visão noturna.