Capítulo 32

O som de passos a fez erguer os olhos. E lá estava ele. Eduardo. Ele caminhava entre as estantes, a jaqueta de couro preta aberta, revelando uma camiseta cinza que se ajustava ao corpo atlético. Seus olhos a encontraram imediatamente, como se soubesse exatamente onde ela estava. Naomi sentiu o ar ficar preso na garganta, o calor subindo pelo pescoço.— Pesquisando algo interessante? — perguntou ele, a voz grave e provocadora, enquanto se sentava na cadeira à frente dela sem pedir permissão. Ele inclinou-se, os antebraços apoiados na mesa, o olhar fixo nela como se pudesse ver cada pensamento em sua mente.Naomi cruzou os braços, tentando esconder o tremor em suas mãos. — Não é da sua conta — retrucou, mas sua voz saiu menos firme do que gostaria. — Por que você está aqui, Eduardo? Não tem mais ninguém pra atormentar?Ele sorriu, aquele sorriso lento e perigoso que a fazia querer gritar e beijá-lo ao mesmo tempo. — Atormentar? — Ele inclinou a cabeça, os olhos descendo por seu rosto até a curva de seu pescoço, onde ela sabia que sua pulsação era visível. — Acho que você gosta disso mais do que admite, Naomi. Ou vai me dizer que não pensou em mim desde a mansão?