Os grandes portões do palácio real surgiram à vista quando Amelia retornou da Universidade.
Por alguma razão, ela sentiu como se uma aura pesada e sádica pairasse sobre o lugar.
Até seu motorista, Tio Harrison, estava olhando para ela pelo retrovisor como se soubesse que algo estava prestes a acontecer, mas quando ela perguntou o que era, ele ficou em silêncio.
Amelia mordeu os lábios, respirando fundo, pronta para enfrentar o que quer que fosse. Ela olhou pela janela para o sol poente, que capturou seu olhar por algum tempo antes de se lembrar de ter ouvido uma vez uma mãe dizendo ao filho que não se deve olhar para o sol poente, mas para o sol nascente.
Era uma superstição, obviamente, mas pela primeira vez ela queria acreditar nisso.
O carro parou diante da escadaria das portas do palácio real, e Amelia saiu.
Ela imediatamente sentiu a aura ameaçadora e perigosa, densa o suficiente para ser cortada com uma faca.