Capítulo 68

POV DA ARIA

O tom de Agatha era baixo, mortal, cheio do tipo de autoridade que ela esperava que todos se curvassem. Ela sempre teve esse jeito, esse controle absoluto sobre cada ambiente em que entrava. E por anos, eu fui uma das que se acovardava, que abaixava a cabeça e aceitava qualquer desprezo ou desdém que ela jogava na minha direção.

Mas não mais.

A antiga eu—a mulher que uma vez foi a esposa obediente de Dante, andando na ponta dos pés ao redor da família dele, dobrando-me sob suas expectativas—havia desaparecido. Eu não era mais aquela mulher, e não ia deixar Agatha me tratar como se eu fosse... um... um pedaço de lixo.

Eu sentia a intensidade do seu olhar, afiado como punhais, pressionando-me, tentando me forçar à submissão. Mas mantive minha posição.

Eu estava cansada de ser o capacho, cansada de deixar a família de Dante me pisotear.