POV DE DANTE
A primeira coisa que vi quando abri os olhos foi o teto branco do quarto do hospital.
Piscando contra o brilho intenso, senti uma estranha névoa desorientadora nublando minha mente. Era como se eu tivesse dormido por muito tempo, tanto tempo que o silêncio ao meu redor parecia quase antinatural, como um zumbido interminável nos meus ouvidos.
Seria isso... o além? Eu estava... morto?
Uma sensação de desconforto se apoderou de mim e, à medida que meus sentidos lentamente retornavam, comecei a perceber que estava muito vivo.
O silêncio na minha cabeça gradualmente desapareceu, e comecei a ouvir vozes vindas de fora da porta, como se uma multidão estivesse reunida.
Não conseguia captar cada palavra, mas havia uma voz que se destacava entre as demais, mais aguda e alta que as outras.
Era a da minha mãe.