Acordei com meu rosto pressionado contra algo quente e sólido.
Levei um segundo para perceber que era pele.
Pele masculina. Bronzeada, suave, levemente salgada. Subindo e descendo em um ritmo constante e hipnótico.
Meus dedos estavam cravados no abdômen de alguém.
E não era um abdômen mole.
O quarto estava escuro — aquele tipo de escuridão cinzenta do início da manhã — mas não escuro o suficiente para eu não perceber que estava agarrada a Ashton como um coala, e ele estava sem camisa.
Pisquei com força. Fiquei imóvel por um momento, depois outro, esperando meu cérebro lento iniciar.
A noite anterior era um borrão. Lembrei da febre, do soro, das compressas de gelo. Ashton entrando na cama comigo. Depois saindo.
Mais de uma vez, aparentemente.
Além disso? Em branco.
Minha camisola hospitalar ainda estava vestida, mas fina o suficiente para sentir o calor que irradiava dele.
E minha mão — Deus — ainda estava descansando sobre seu estômago.