CAPÍTULO 33

Naquele momento, Cora não piscou. Ela não gaguejou. Ela não recuou. Ela já tinha aguentado o suficiente da arrogância de Samuel, e agora era hora de ele ouvir a verdade—do tipo que corta mais fundo do que qualquer bajulação jamais poderia.

"Você deveria ser grato," ela disse friamente, cada palavra deliberada, como uma lâmina sendo desembainhada. "Pela primeira vez na sua vida, mostre alguma maldita gratidão."

Imediatamente as sobrancelhas de Samuel se franziram. Ele abriu a boca, mas Cora levantou a mão não para detê-lo, mas para cortá-lo.

"Grato porque as pessoas acreditaram em você quando você não era nada. Grato porque esta empresa o carregou, protegeu sua imagem, limpou suas bagunças, pagou suas contas, investiu milhões para fazer você parecer uma estrela—porque sem tudo isso, Samuel, você nem teria uma cadeira para sentar, muito menos o orgulho de entrar aqui e bancar o importante."