Seraphina passou sua vida como uma órfã indesejada. Aos dezesseis anos, a verdade se revelou: ela era a herdeira perdida da poderosa família Lancaster, roubada ao nascer e finalmente encontrada. Pela primeira vez, ela pensou que teria um lar e uma família.
Mas a Mansão Lancaster era mais fria do que qualquer orfanato, e sua suposta irmã garantiu que sua vida terminasse em silêncio e dor. Rejeitada por seus novos irmãos e atormentada por aquela que chamavam de "filha". Ela não era nada além de uma pária em uma casa de riqueza e segredos.
Até que o câncer tirou sua vida.
No entanto, a morte não foi o fim.
Seraphina desperta em seu passado, no momento em que estava mais quebrada e indefesa. Mas desta vez, algo mudou.
Ela foi despojada de seu autismo, mas ainda carregava cada cicatriz. Seraphina tentou escapar de seu pesadelo, apenas para cair nas mãos de um estranho com sangue nos punhos e segredos nos olhos.
Ele conhece seus irmãos. E desta vez, eles não estão deixando-a sofrer sozinha.
Ela pode não acreditar mais em família...
Mas eles acreditavam nela e estavam prontos para mimá-la.

Mimada Pelos Meus Irmãos: O Retorno da Herdeira Perdida

Eu olhei para ele, completamente perdida. Eu não sabia do que Lucien estava falando. O que eu tinha feito? Como eu vim parar aqui—no quarto dele, de todos os lugares?


Minha cabeça parecia pesada, como se eu tivesse acabado de acordar de um sonho que nem me lembrava.


"Me diga," ele disse, sua voz baixa, o calor de sua respiração roçando em minha orelha, enviando um arrepio pela minha espinha. "O que aconteceu ontem à noite?"


Eu me encolhi levemente e me virei para encará-lo. "Eu... eu realmente não me lembro," eu disse, minha voz fraca, mas honesta. "Eu não sei como cheguei aqui ou por que estou na sua frente agora. Tudo está... tão embaçado."


"Mesmo?" ele perguntou, seus olhos se estreitando levemente enquanto se fixavam nos meus. Havia algo intenso em seu olhar, algo que tornava difícil respirar. "Você não se lembra de nada?"


Eu balancei a cabeça, tentando manter minha voz firme. "Não. Eu juro que não."


Que Criança?