A batalha interior

Emma caminhou na chuva para chegar ao hospital. As gotas frias de chuva escorriam por suas bochechas, misturando-se com suas lágrimas silenciosas.

Ela piscou para a tela escura, lutando para processar o que acabara de acontecer.

Morta?

Corpo morto?

Essas foram as primeiras coisas que saíram da boca de Darla Adams. Não alívio. Não gratidão. Nem mesmo preocupação humana básica.

Emma apertou o saco de papel contra o peito, seu coração doendo por Jean... não apenas pelo que havia acontecido no iate, mas pela vida que Jean foi forçada a viver muito antes desse pesadelo sequer começar.

Ela sabia que os pais de Jean eram frios. Ela sabia que eles controlavam cada movimento dela sob o pretexto de "dever familiar" e "expectativas".

Mas isso... esse nível de crueldade, de pura indiferença... Abalou-a até o âmago.

Por quê?

Por que Jean deixa que a tratem assim? Por que ela não consegue reagir?