As máquinas apitavam constantemente ao lado dela, uma cruel canção de ninar que media cada segundo em que Jean permanecia perdida para ele.
Logan não tinha se movido. Nem uma única vez.
Ele estava sentado como um homem esculpido em pedra, uma mão ainda segurando a dela, seu polegar passando suavemente sobre as pontas dos dedos dela... repetidamente.
Um ritual.
Uma prece silenciosa.
O único movimento que o mantinha são.
Os médicos o haviam tranquilizado de que ela estava estável. As queimaduras não eram fatais. Ela se recuperaria.
E agora, tudo o que ele podia fazer era observar.
A garota que uma vez se manteve firme como o próprio fogo, inabalável mesmo diante das tempestades mais cruéis do mundo... agora jazia tão imóvel quanto o silêncio entre duas batidas do coração.
E então... Um tremor.
Sua respiração falhou.
Os cílios dela tremeram. Um delicado movimento. Depois novamente. E lentamente... aqueles olhos que ele havia memorizado centenas de vezes... se abriram.