Passou o mês de janeiro. As crianças continuaram a andar a cavalo, a percorrer as matas e a andar a pé por caminhos cheios de sombra, mas nunca mais viram nada tão extraordinário como a cidade dos anões, lá dentro da montanha.
Em princípios de fevereiro, separaram-se. Eduardo, Henrique e as três meninas voltaram para São Paulo. Quico e Oscar ficaram na fazenda onde residiam.
Antes de partir, as crianças despediram-se de todos os vizinhos; depois foram até o riozinho, até o grande Paraíba; afinal beijaram as mãos dos padrinhos, agradeceram a temporada admirável que haviam passado na fazenda e tomaram o automóvel juntamente com Pingo e Pipoca.
No momento em que o automóvel virou a curva da estrada, elas ainda olharam para trás procurando os padrinhos, que diziam adeus ao lado de Quico e Oscar no terraço da fazenda. Depois olharam pela última vez o alto da montanha para ver se avistavam Julião, o anãozinho barbudo que abria a porta da cidade encantada. Julião não estava lá.
Quico e Oscar ficaram chorando. As meninas também tinham os olhos úmidos. Mas entre as lágrimas que todos derramavam, combinaram novo passeio à montanha, no próximo ano.
fim