Capítulo 8
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Finalmente, um de frente para outro, em um cenário totalmente destruído, Kalila e Ragnir se olham em silêncio, até Ragnir decidir perguntar.
Ragnir: E você quem é-
Kalila: CALA A PORRA DA BOCA!
Faz um soco direto na direção da mão que segura a espada longa.
Superando sua velocidade, Ragnir não apenas segura, como quebra o seu braço com a sua mão livre e monstruosa, como oportunidade, pressiona a Kalila contra o chão.
Ele insiste na pergunta.
Ragnir: E você, quem seria?
Com a cara virada pra terra, não é possível compreender sua resposta.
Ragnir: Como é?
Repetindo, Kalila quebra o seu pescoço ao virar para o gigante, gritando.
Kalila: EU DISSE “VAI SE FUDER!!!”
De repente, uma foice verde do antebraço de Kalila, atravessa a mão escamada e brilhante de Ragnir, o deixando assustado.
Acompanhando a regeneração de seu braço, Kalila usa sua energia única para criar uma pressão sobre seu corpo e atravessar a terra, ao voltar pra cima, sua cabeça volta ao lugar e urra diante a Ragnir, usando a foice verde em seu outro antebraço como um ataque surpresa.
A foice de Kalila cresce na direção do seu rosto, então Ragnir se levanta como se fosse puro instinto, mas suas faixas do pescoço são capazes de segurar a lâmina, e jogando seu corpo para trás, une sua força e a das faixas para erguer o corpo de Kalila para cima e a derrubar no chão novamente, caindo a poucos metros.
Ragnir: Você não respondeu minha pergunta.
Kalila suspira, não de cansaço ou dor, mas desta maldita insistência.
Ao se levantar, Kalila suspira longamente, e diz dá forma mais honesta possível.
Kalila: Eu sou sua mãe, Ragpir!
Ela pronunciou o nome errado, e Ragnir observa de forma tensa, sua mão atravessada.
Ragnir: Não, porém, é forte.
Kalila corre insanamente em sua direção, e ao chegar numa curta distância, seu corpo é dividido em dois pela espada longa de Ragnir.
Ela cai bruscamente no chão, mas rapidamente se regenera, demonstrando confusão e dúvida em seu rosto.
Kalila: Eu escorreguei e cai?!?!?
Ignorando, Ragnir ergue sua cabeça e põe sua mão sobre sua boca, bebendo seu sangue.
Kalila: AIII QUE NOJO, MOÇOO!!! Toma algo mais nutritivo!
Ela faz o sinal de uma arma com a mão e de fato transforma seu dedo em um cano, disparando uma pequena esfera de sua energia única, que é defendida pelas faixas de Ragnir. Ao menos, é o que parece.
INTERIA!
Uma das habilidade únicas de Kalila, onde sua energia passa para o interior de seu oponente e se converte em chamas vermelhas, queimando o seu oponente de dentro para fora.
De forma cruel, os órgãos de Ragnir sofrem com a queimação, mas por serem órgãos muito incomuns e resistentes e Kalila estar longe de seu auge, seu dano além de lento, é tolerável, não forçando mais do que uma tosse seca de Ragnir e que fumaça subisse de sua boca.
Kalila: QUAL É!! Voce é uma chaminé, por acaso?!?!?
Yuma: Akechi, você tá me ouvindo?!?! Consegue me escutar?!?!
Kalila: Ahh, tô ocupado tio!! Liga outra hora!!!
Yuma: Mas- Mas, quem é você?!?! ONDE TÁ MEU FILHO?!?!?!
Kalila: AHHHH!!!!! QUE “FILHO” O QUÊE!!!! NÃO ENCHE!!!!
Yuma: Independente de quem seja, eu quero que você volte com o corpo do meu filho, AGORA!
Com tantas exigências insolentes, Kalila apenas fica girando e olhando pra cima, gemendo de tanto ele encher o saco.
Ao parar quieta, ela olha para Ragnir e vê que conforme bebe seu sangue, sua mão está se regenerando lentamente, próximo de estar restaurada.
Ignorando os gritos de Yuma, Kalila entra na sua mente e encontra Akechi que está tendo, o que se pode dizer.. como uma convulsão severa no chão.
Kalila: Carai, mas tu é fresco hein.
Ele é totalmente incapaz de responder. Quase incapaz de respirar, quando uma lâmina atravessa seu peito.
Confusa, Kalila também sente uma lâmina cravada em seu peito, e ao voltar para o mundo real, Ragnir não apenas cravou sua espada longa em seu peito.. como ficou mais alto, musculoso e avermelhado novamente, chegando a 2,60 de altura.
Yuma se senta em sua cadeira, ansioso, não encontra palavras para seu desespero.
Seus ossos derretem e crescem, seus órgãos queimam e remendam. Uma disputa do que vai prevalecer, a regeneração de Kalila ou o Gou Puro de Ragnir. Infelizmente, Kalila tinha certeza de que não tinha opções, certeza do resultado da disputa... e certeza de que seria uma morte dolorosa, apenas com a chance de dizer uma ultima palavra...
Kalila: Dancei...
Antes de explodir pelos ares.
O feixe de Ragnir, destruiu o solo que estava a sua frente. De um lindo quintal, para terras pútridas de uma terrível floresta. De pé, Ragnir observa toda a destruição e morte que ele causou nos seus poucos ataques.. tanta morte e destruição, focadas em uma única vida, vida a qual foi capaz de eliminar, mas seu corpo destruído, permanece preso em sua lâmina.
Para que não se desfaça com um pequeno descuidado, Ragnir abaixa sua espada longa muito devagar, para que seu corpo possa cair no chão e se manter inteiro. Quebrando o silêncio da batalha, Ragnir exclama.
Ragnir: Você, vocês... foram os inimigos mais formidáveis que já enfrentei. Sou muito grato, por termos cruzado nossos caminho.
Iniciando sua gratidão de forma sólida e satisfeita, ele termina de forma.. duvidosa, quando no meio de tamanha destruição e podridão, ainda consegue ver um coração usando forças impossíveis para bater o mais forte que conseguir. E junto disso, órgãos, carnes e tendões que se remendam de forma extremamente lenta.
Ragnir: Vocês... são muito fortes. – Seu corpo volta a sua forma normal. – Porém, acredito que nem em seus últimos momentos, você iria me dizer seu nome. Infelizmente, terei de finalizar o nosso embate, com o remorso de não saber quem foi nestas terras.
Sua espada longa desce diretamente para o coração que quer viver.
Cortando os ares, sua lâmina é interrompida por uma mão. Segurando está espada longa com força e um Gou Roxo muito escuro, mesmo assim, é possível ver que ela veste uma luva branca... a mesma luva e mesmo Gou que Yuma, possui.
Assustado, Ragnir puxou sua espada longa e recuou para trás, esperando um ataque deste temível homem. Mas o que ele recebe, é uma ameaça.
Yuma: Não é você quem vai decidir a hora da Morte dele!
O peso desta frase consegue dominar o ambiente mais do que qualquer devastação e poder que tenha sido causado, causando um silêncio que nenhum dos dois quebra, nem mesmo quem a recitou.
Então, Ragnir embainha sua espada, dá as costas para Yuma e começa a voltar para o Monumento de Tétis.
Yuma se vira para Akechi. Seu corpo ainda em reconstrução, consegue identificar que está voltando para sua forma original, sem os traços de quem quer que fosse antes. Carregando seu filho, ele anda para a direção oposta de Ragnir.. e assim, acaba o caos deste dia.
DIAS DEPOIS
Em Tétis, Nação da Água.
No fundo do mar, onde à criaturas belíssimas, tanto as comuns quanto as mágicas, elas cercam uma bolha enorme no meio deste mar. Ao passar por está bolha, estes belos animais interagem e se divertem com coisas que não se veem todo dia no mar, como por exemplo, o oxigênio. Graças a Magia do Gou, existem tanto criaturas marítimas que vivem tranquilamente sem o mar, quanto existem criaturas terrestres que vivem perfeitamente sem o ar. Nesta bolha, existem coisas que não são de seu habitat e por isso são tão interessantes. Casas, pessoas, trens, tecnologia. O avanço de Tétis e sua determinação pela ciência, permitiu que fosse possível um contato direto com o mar, onde existissem cidades subaquáticas em seu reino.
Em uma casa bonita, da cidade pequena de Okeanos, uma criança brinca com sua mãe, com os seus brinquedos e no seu quarto.
Criança: Eu vou te pegar, Monstro Maligno!!! VOCÊ NÃO VAI ESCAPAR!!!!!
Está criança é uma menina branca e de olhos amarelos, seus cabelos curtos compartilham as cores azuis e brancas. E curiosamente, seu brinquedo é do Rei de Tétis.
Mãe: Vamos ver se essas palavras ainda serão legais, depois que eu usar o meu Raio Maligno!!!!
Está mãe é uma mulher adulta, pálida e de cabelos brancos e trançados, se destacando em sua pessoa, seus olhos lindos e azuis. E ela usa um brinquedo de um monstro qualquer.
Criança: Não esquece que o Raio Maligno não passa dos muros.
Mãe: Tudo bem. Mas, e se... DE REPENTE O RAIO MALIGNO GANHAAA!!!
A mãe ergue o monstro e o balança para os lados, o que deixa a criança irritada a ponto de se levantar e dizer.
Criança: Não, NÃO! Mãe, ele não pode fazer isso!!!! Se ele fizer isso, todas as pessoas vão se machucar e depois morrer!!! Muita gente vai morrer!!
Mãe: Ohh, meu amor... – Ela puxa sua filha para seu colo – Você não tem que ter medo, tá bom? Eu prometo pra você. Nosso Rei sempre vai nos proteger, a qualquer custo!
Criança: Sério??
Mãe: Sim!
Ao ouvir estas palavras, o coração desta jovem menina se esquenta e fica confortável ao saber da sua proteção, diferente de uma outra pessoa que as ouviu. No quarto ao lado, uma jovem adulta, pálida, de cabelos são longos e brancos. Seus olhos azuis não mostram apenas como são lindos e brilhantes, como também sua frustração e rejeição às palavras de sua mãe.
Querendo se distrair, ela sai de seu quarto e vai para a sala assistir TV. No momento em que liga televisão, sua mãe chama pelo seu nome.
“Yuri! Pode acordar sua irmã, por favor?”
Ela suspira e vai fazer o que foi pedido.
Com a televisão ligada, é possível se ver um canal de jornal passando, onde o repórter mostra estar rodeado de outros repórteres, ansiosos e tensos, pois estão de frente para o Monumento de Tétis, prestes a entrevistar o seu Rei.
Na superfície de Tétis,
Capital: Recifes Escaldantes.
Ao passar pelos portões, a sequência de perguntas incompreensíveis se inicia.
Rei de Tétis: Por favor! Meu povo, acalmem-se! Me digam, como vocês estão?
Repórteres: Essa pergunta é séria?
Rei de Tétis: E por que não seria, quando vocês são a quem tenho que me proteger preocupar?
Repórteres: Com todo o respeito Rei Shura, acredita ter feito isso sobre os guardas que perdeu?
Rei de Tétis: Não, eu estive longe de fazer da maneira correta e estou pagando o preço por isso. Meus corredores encharcados do sangue daqueles que se dedicaram a me proteger, a proteger vocês. Eu fui tolo com minha responsabilidade, e isso não vai acontecer de novo.
Repórteres: Mas o senhor deixou o Demônio Mascarado ir embora. Por que?
Rei de Tétis: Hum? Ah sim, é assim que estão o chamando! Hehe.. desculpe, é engraçado. Eu não poderia deixar algo como ele entre vocês, na nossa Nação.. e definitivamente, não quero ser um exemplo de assassino, assim como ele. Posso assegurar de que se ele for voltar, vai demorar.. e estaremos prontos pra isso.
Repórteres: E de onde o senhor acredita que ele veio? Está na cara, mas queremos saber o que acha.
Rei de Tétis: E o que vocês acham?
Repórteres: Que Askkadia tentou recuperar seu título, é claro. O senhor, Rei Shura, trouxe seus bens mais preciosos, afinal.
Rei de Tétis: Certamente, nós temos conosco, mas eu não sei se eu concordo totalmente com o que pensam. Se a Rainha de Askkadia fosse tola para fazer tal ação, nossa guerra não teria durado nem mesmo meio ano, e ela durou 2 anos por ser uma Rainha formidável. Porém, isso foi antes.. antes, quando ela tinha seu artefato e antes, quando ela tinha dois braços para aguentar o peso de sua situação atual. Com os status assim, não é desconsideravel de que o nome abaixo das vidas que perdemos, seja Fuyuki Takeaki. Sem mais perguntas, obrigado e uma boa tarde.
Ao virar as costas, os portões se fecham e negam as outras milhares de perguntas.
Ao avançar para o Monumento, Shura passa pelos seus conselheiros que assistiam a entrevista.
Conselheiros: Você acredita mesmo que isso foi a Fuyuki, Rei Shura?
Rei Shura: Não. Pra essa mulher perder o juízo, o buraco tem que ser um pouco mais embaixo do que nosso último encontro.
Conselheiros: Então, a sua resposta pra eles...?
Rei Shura: Hmpth.. – Ele sorri para seu conselheiro – Tá tudo bem, eles vão acreditar no que eu disser.
1 MÊS DEPOIS
Na instalação/casa de Yuma, em um quarto de medicamentos, com vários equipamentos hospitalares e vários remédios.
Akechi esta acamado. Seu corpo, escondido por uma camisola, parece 100% recuperado. Em seu braço direito, está inserido um macrogotas, e seu cabelo está tomado pela sua raiz escura, deixando pouquíssimas mechas vermelhas, as quais passam de seus ombros.
Ao lado de sua cama, Yan está sentado em uma cadeira, de olhos fechados.
Lentamente, Akechi recobra a sua consciência e no mesmo instante sente uma dor interna bizarramente forte em seu corpo. Quando abre seus olhos, enxerga um teto completamente branco, e sua reação é.
Akechi: Como o céu é feio!
Surpreso, Yan se vira para seu irmão.
Yan: Ainda bem que você acordou!
Akechi: Ah, Oi. Pera, você morreu também?
Com um sorriso, Yan responde.
Yan: Não, estamos bem. Pai, Ele Acordou!!
Após um mês sem ouvir a voz de seu filho, Yuma corre pelos corredores até chegar no quarto e ver Akechi olhar de volta pros seus olhos.
Yuma: Ah.. Graças a Deus, você tá vivo!
Akechi: Graças a Deus nada, Graças a Kalila!
Enquanto Yuma vira seu rosto, Yan pergunta.
Yan: Quem é Kalila?
Akechi: É um demônio.
Yan: E... ela te salvou?
Akechi: Claro, quem mais?
Yuma: Eu, Akechi! Fui eu, quem te salvei, enquanto essa maldita tava brincando com o seu corpo!!! Por que que você nunca me falou dela?!?!? – Olha para ele, de novo.
Akechi: Eu não achei que fosse importante!
Yuma: Como Isso Não é Importante, Porra?!?!!
Enquanto Yuma eleva seu tom, Akechi diminue o seu.
Akechi: Tá bom, Desc-
Yuma: “ Desculpa “ é o caralho!!!! Você tá falando isso pra não se sentir mal, pra se sentir bem fazendo merda de novo, porque é isso que você adora fazer!!! Por que você acha que tá desse jeito?? Porque você não me escuta!!!
Em silêncio, Akechi tenta virar as costas, mas parece que ele sente dor apenas em pensar em fazer isso. Quando olha para seu irmão Yan, que está um pouco tenso, seu olhar triste se torna frustração, então ele apenas evita olhar para seu pai, e o provoca ao dizer.
Akechi: Por que não vai cuidar do seu filho favorito!
Yuma: Cacete, é sempre isso! Eu nunca te coloquei na sombra do Yan, você se colocou sozinho!!!!
Akechi se vira pro seu pai de novo e aumenta seu tom.
Akechi: Você sempre confiou mais nele pra sair em missões, porque não sou perfeitinho e calminho que nem ele!! EU GOSTO DE MATAR E TÔ ME LIXANDO!!!!
Yan: Vou pegar água!
E ele sai do quarto, ambos ignoram.
Yuma: Tá se lixando? Tá se lixando se você morresse?!?! Se lixando pro que seu irmão ia sofrer?!?!? PRO QUE EU IA SOFRER!!!!
Akechi se levanta de joelhos na cama e agarra o colarinho de seu pai, olhando no fundo de seus olhos, com raiva e tristeza, até gritar com as poucas forças que recuperou ao acordar.
Akechi: SIM!!! PORQUE SÓ MATANDO E MORRENDO, VOCÊ OLHA PRA MIM!!!!
O silêncio, finalmente toma conta deste quarto, pois Yuma foi deixado com cara de indagação ao ouvi-lo. Com os seus movimentos bruscos, a camisola de Akechi está se manchando em vermelho, especialmente em seu peito.
Yuma: Se deita, você abriu os curativos, imbecil.
Akechi troca os olhares entre o seu sangue e seu pai, e se deita como ele mandou.
Yuma pega uma cadeira, e se senta para tirar as faixas a remendar seus curativos.
DIAS DEPOIS
A porta de um corredor se abre, revelando Akechi saindo de seu quarto e vestindo roupas comuns.
Após alguns minutos, ele se aproxima de uma porta que se abre automaticamente para ele, revelando Yuma em uma sala escura, sentado e mexendo em seus computadores.
Akechi adentra na sala, em silêncio, ficando ao lado de seu pai e encarando as telas.
Yuma: Parece melhor!
Akechi: É, eu tô.
Yuma: Bom.
Akechi: Acho que não vou atrás dá katana de novo..
Yuma: Hmth, óbvio que não!
Akechi então, pega uma cadeira e se senta ao lado de seu pai, com a cadeira ao contrária e ainda olhando para frente.
Akechi: Então... eu terei uma nova missão?
Respondendo ele, Yuma começa a teclar rapidamente, até todas as telas focarem no mesmo cenário de ângulos diferentes, e destacar uma tela principal, onde revela um homem de pé em uma rua cheia de homens mortos.
Este homem está de costas para está foto, ele veste um casaco azul de capuz com pelos brancos, a qual é sobreposto com uma aljava de flechas e um arco. Suas calças, muito rasgadas, são da cor verde e seus pés brancos e sujos, são livres de qualquer vestimenta.
Suas mãos possuem armas longas e sangrentas, tendo cabos pretos e longos, e lâminas com ondulações pretas, junto do vermelho do sangue das vítimas. Esta arma é conhecida como Glaive.
Com pouco destaque, porém o mais importante, seu rosto está virado em meio perfil para foto, o que revela um pouco de sua pessoa. O mais chamativo são os seu cabelos brancos, que apesar da forma “descuidada” que se veste, seus cabelos ondulados e bagunçados, são bem cuidados, raspados nas laterais e atrás, como se tivesse vindo do cabeleireiro para fazer tal matança. O seu rosto da pele branca, aparenta estar desidratado, e seu olho não mostra apenas olheiras, como revela a sua cor azul.
Com diversos pontos de vistas, se torna notável o quão diferente é a construção das ruas destas fotos, sendo ruas de uma cidade de Phrygia, Nação do Vento. Exceto pelas casas e lojas, as ruas da Casta Rica, Primeiro Nação de Phrygia são bem fragmentadas pelas construções por fluxos contínuos de vento, o que torna esta Nação tão diferente e única.
Akechi: Esse bosta é meu novo alvo?
Yuma: Sim.
Akechi: E por que?
Yuma: Esse cara conseguiu matar muitas pessoas e políciais. Na Primeira Nação de Phrygia, onde tudo é bem mais autoritário e difícil de fugir.
Akechi: Hum... Grande coisa!
Yuma: Mas, sem usar ao menos um pingo de Gou! – Diz isso, apoiando seus cotovelos em sua mesa e cruzando seus dedos, em frente seu rosto.
Akechi: .......Grande coisa?
Yuma: Enfim, você precisa ir atrás dele porque ele é perigoso e interessante!
Akechi: E seu filho favorito?
Yuma: Tá fazendo missões melhores – Diz isso no tom de provocação!
Akechi: Tsck, Tá! Só me dá a localização dele!
Yuma tecla novamente seus computadores e um papel branco e pequeno, sai de uma impressora. Ele o puxa e dá para o Akechi.
Yuma: Essas são as coordenadas! Suas novas roupas já estão no seu quarto.
Akechi pega o papel e se levanta da cadeira.
Akechi: Tá bom, tchau. – E anda em direção a porta.
Yuma: A propósito Akechi, toma cuidado! Você está sendo reconhecido por ai como “Demônio Mascarado”.
Akechi: Hmpth, que legal! – Sorri, contente, e se vira de novo.
Yuma: Akechi!!
Akechi fica parado. Ainda de costas, ele vira seu rosto e pergunta.
Akechi: Que?
Yuma se levanta e anda até seu filho. Quando está na sua frente, põe sua mão sobre o ombro de Akechi, e diz olhando em seus olhos.
Yuma: Eu estou feliz por você estar vivo. Por favor, toma mais cuidado dessa vez.
Akechi fica surpreso, e em silêncio por um momento, até responder.
Akechi: Também tô feliz!
Yuma: Vai lá, vai! – E bagunça o cabelo do mesmo.
Akechi dá um sorriso de canto, e segue andando para seu quarto.
Phrygia, Nação do Vento.
Na Casta Baixa, Segunda Nação.
Cidade Vento Frio.
Diferente da Casta Alta, a Casta Baixa de Phrygia não possui ruas flutuantes e nem tanto animais curiosos para saber como é a Segunda Nação. Não se faltam casas metálicas e tecnológicas como lá em cima, mas a diferença, é que é mais comum encontrar casas normais de tijolos e madeira. Como a que este homem está hospedado agora.
O mesmo homem da foto, deitado em uma cama do colchão mofado e pernas velhas, dentro de um quarto com paredes encardidas e amarelas. Seu teto branco tem centros de água, pois deve pingar constantemente em seu chão, quando chove. Chão este, não apenas com baldes e poeira, como roupas largadas, latas de refrigerantes, caixas de salgados e marmitas, como uma verdadeira bagunça e nojeira. A direita de seu quarto, tem uma varanda sem janelas, cortinas ou portas, o que não apenas trás a luz ou frio deste dia nublado, mas visão das casas e prédios desta direção. sendo possível ver algumas casas e prédios num dia está nublado.
Enquanto uma das pernas da cama sustenta suas Glaives e arco e flecha, ele está braços e pernas abertas, vestindo uma camisa preta, suja e velha, com a estampa de um copo grande de vidro e cheio de cerveja, e sua bermuda é completamente amarela e sem cadarços. Como roupas que se esforçam para ser do seu tamanho, as cicatrizes de todo o seu corpo são facilmente visíveis, ainda mais a que se inicia no canto de sua boca e termina subindo em sua bochecha. O rosto deste homem é reflexivo, enquanto encara o teto. Seus olhos possuem cores diferentes, seu esquerdo é azul e seu direito é amarelo, ainda assim, ambos transmitem perfeitamente o quanto ele está no seu próprio mundo, acompanhando seus pensamentos que apenas ele sabe quais são. E trazendo muito ar para seu peito, ele suspira forte, e segue firmemente encarando o teto.