Harmonia da Dissonância (Parte 1)

A diferença entre um simples artefato e uma obra-prima estava na habilidade do Mestre da Forja de infundir sua criação com um núcleo de energia, um sistema circulatório de mana e vários conjuntos de runas externas.

Juntos, eles concediam a um objeto inanimado a capacidade dos seres vivos de produzir e controlar vários tipos de feitiços ao mesmo tempo.

A principal dificuldade em obter tal resultado provinha do sistema circulatório de mana, que era criado ao enxertar cristais de mana no recipiente do encantamento. Além de garantir o uso apenas de materiais purificados e escolher cuidadosamente onde colocar os cristais, o Mestre da Forja não tinha controle sobre a forma que o sistema assumiria.

Seria necessário um mago fazer inúmeras tentativas para encontrar uma maneira de criar o espaço que o núcleo de energia exigia no centro do artefato, sem também atrapalhar o posicionamento estrito que as runas exigiam para obter seu efeito máximo.