Capítulo — A Sexta Casa: Torre da Corrente Celeste
O navio flutuante deslizou suavemente até a quarta ilha suspensa. Diferente das anteriores, essa ilha era dominada por uma imensa torre prateada, que cortava os céus como uma lança. Nuvens giravam ao seu redor, e longas correntes feitas de energia de vento desciam e subiam constantemente, como serpentes celestiais.
Na base da torre, um ancião de vestes azul-claras aguardava as equipes.
— Sejam bem-vindos à Sexta Casa: a Torre da Corrente Celeste. — anunciou com uma voz serena. — A prova de hoje será a Corrida Ascendente.
Ele apontou para a torre infinita.
“As equipes devem escalar a torre, usando as correntes de vento e plataformas flutuantes. No topo, encontrarão a Bandeira Celeste. A equipe que capturar a bandeira e descer com ela vence. Apenas 4 membros de cada equipe poderão participar.”
Mike rapidamente se virou para o grupo.
— Eu, Karina, Kyouran e Piter vamos. Precisamos de equilíbrio entre ataque, mobilidade e controle.
O restante da equipe assentiu, confiando na decisão.
Lâminas Reais, derrotados na última casa, estavam determinados a recuperar terreno e escolheram Hector, Lyon, Darius e um aliado ágil chamado Tyrel.
O gongo soou e ambos os times dispararam.
As primeiras correntes começaram a se mover violentamente. Piter, com sua afinidade nata ao vento, deslizou com facilidade pelas correntes, abrindo caminho. Mike, com suas habilidades sombrias, abria portais curtos para cortar parte do trajeto.
Karina usava suas Lâminas da Tempestade Negra — as espadas deixavam rastros elétricos, impulsionando-a como relâmpagos entre as plataformas.
Kyouran mostrou novamente sua maestria: ele não escalava no sentido tradicional — liberava pequenas nuvens de veneno corrosivo nas bases metálicas das correntes rivais, desestabilizando o avanço dos oponentes.
— Boa, Kyouran. Mantenha eles ocupados. — gritou Mike.
Do outro lado, Hector e Lyon escalavam com fúria. Hector invocava rajadas cortantes para abrir caminho, enquanto Lyon saltava com uma destreza quase animal.
No meio do trajeto, Piter foi interceptado por Tyrel, que tentou derrubá-lo. Mas Mike surgiu atrás com um portal e cravou sua foice nas correntes, criando um impacto que afastou Tyrel.
A batalha pela escalada era frenética.
No último trecho, uma plataforma instável separava as duas equipes da bandeira. Hector e Mike chegaram ao mesmo tempo — seus olhos se cruzaram.
Com um grito, ambos saltaram.
Karina, com sua velocidade elétrica, alcançou a bandeira antes de todos e lançou-a para baixo em direção a Piter, que já aguardava numa corrente inferior.
— PITER, PEGA! — gritou ela.
Com precisão, o garoto agarrou a bandeira e começou a descida.
As Lâminas Reais, furiosos, tentaram persegui-lo, mas as correntes envenenadas por Kyouran forçaram-nos a recuar momentaneamente.
Mike, ainda no topo, encarou Hector.
— Vocês são bons. Mas nós estamos prontos para vencer.
— Veremos na próxima. — respondeu Hector, com um sorriso de respeito.
No chão, Piter tocou a base da torre com a Bandeira Celeste nas mãos. O clarim soou novamente:
“Vencedores da Sexta Casa: Falcões Sombrios!”
O público vibrou e a equipe desceu, exaustos, mas vitoriosos.
Piter mal conseguia conter o sorriso.
Karina girava suas lâminas com orgulho.
Kyouran, calmo, limpava discretamente vestígios de veneno das luvas.
Mike reuniu todos.
— Estamos com 3 vitórias e 2 derrotas. Faltam apenas duas Casas. Se vencermos mais uma, garantimos vaga para desafiar os Cavaleiros Reais.
Natália apertou o punho, motivada.
Serena olhou o mapa, que começava a brilhar novamente, revelando a próxima ilha.
O vento sopra forte ao redor.
O desafio final está cada vez mais próximo.