Redenção

Kaizen virou-se para Gieneno, o olhar que outrora ardia com indignação agora substituído por algo mais profundo, uma espécie de contemplação sombria.

O peso da revelação de Gieneno, suas justificativas e a rígida estrutura que separava os Evoluídos dos mortais pareciam sufocar o ar ao redor deles. O vento que varria o campo de batalha carregava consigo o cheiro de terra queimada e o eco distante das lamentações daqueles que não sobreviveram.

O mundo ao redor deles, outrora vivo com a vida e energia dos combatentes, estava agora silencioso. As árvores, antes altas e imponentes, reduzidas a escombros carbonizados.

Kaizen encarou o horizonte, seus olhos fechados contra o vento soprante. Havia algo grandioso e trágico na visão deste mundo devastado, e ele não podia deixar de pensar em quanto a vida neste reino havia mudado. Ele sentia uma responsabilidade esmagadora em seus ombros, uma responsabilidade que Gieneno e os outros Evoluídos pareciam relutantes em assumir.