Nathan imediatamente discou para uma ambulância.
O som da ambulância ecoava lá embaixo. Cada som parecia perfurar os ouvidos de Emily.
Nathan carregou Sophia para o carro, descendo as escadas apressadamente sem olhar uma única vez para Emily.
Carol ficou na porta, mãos na cintura, peito arfando de raiva. Ela instruiu a empregada a jogar todas as coisas de Emily para fora e então a empurrou para fora do portão.
"Sua mulher desprezável, como se atreve a tentar matar o futuro herdeiro da nossa família Reed. Saia, não fique mais em nossa casa!"
Com um estrondo alto, o portão da vila se fechou lentamente diante dos olhos de Emily.
Emily olhou para as roupas espalhadas no chão, seus punhos tão fechados que suas unhas quase perfuraram sua carne.
Na verdade, ela não tinha muitos pertences. Quando se casou com Nathan, além do essencial, ela não trouxe nada mais para esta vila, exceto um par de brincos deixados por sua mãe e alguns itens de necessidades básicas. Os brincos eram a herança de sua mãe, que ela havia estimado e guardado em uma pequena caixa.
Agora, eles foram jogados para fora de forma rude, um deitado na grama enlameada, o outro em lugar algum.
Naquele momento, o telefone dela tocou.
Ela atendeu, "Alô?"
"Emily, eu acabei de ver Nathan no hospital! Ele está na verdade com outra mulher..."
"Ele está com minha prima Sophia," ela suspirou amargamente. "Eu já sei."
A voz do outro lado pertencia a sua amiga de longa data Olivia.
O pai de Olivia era o diretor do hospital. Devido à voz alta de Carol na entrada do hospital durante o dia, o pai de Olivia já sabia o que tinha acontecido.
Então Olivia ligou para Emily para ver se ela estava bem.
"Emily..." Olivia sentiu algo errado na voz dela e falou com cautela, "Não fique tão triste. Onde você está? Eu vou te buscar. Vou ficar com você."
Olivia chegou rapidamente. Seu carro esporte vermelho freou bruscamente na frente da vila da família Reed.
Quando Olivia viu Emily, ela já havia reunido todos os seus pertences espalhados e os empacotado em uma pequena mala. Emily estava sentada sozinha no canteiro de flores no cruzamento, a cabeça baixa, parecendo uma criança abandonada.
"Olivia, você chegou..." ela se levantou, forçando um sorriso.
Os olhos de Olivia imediatamente ficaram vermelhos, "Você está sendo tola? Eu tentei te impedir de se casar com Nathan, mas você não me ouviu."
Emily sorriu amargamente ao ouvir isso, "Sim, eu causei isso a mim mesma."
Olivia sentiu o coração partido, ajudando-a a entrar no carro. "Não vamos falar sobre isso agora. Eu vou te levar para um lugar para descansar."
"Olivia, eu quero beber," Emily olhou para seu reflexo no espelho retrovisor e disse suavemente.
Vendo-a nesse estado, Sophia sabia que ela queria afogar as mágoas. Ela concordou, "Tudo bem."
O carro parou na entrada de um bar.
Olivia era uma frequentadora assídua daqui. Ela levou Emily a um lugar conhecido e pediu uma garrafa de bebida.
Emily pegou a garrafa e começou a beber.
"Ei...devagar. Você não está acostumada a beber álcool tão forte..."
Emily sorriu, lágrimas quentes deslizando dos cantos de seus olhos, "Está tudo bem, eu estou feliz."
"Feliz nada!" Olivia estava preocupada. O bar era um ambiente complexo. Elas eram duas garotas. Se Emily ficasse muito bêbada, ela poderia encontrar perigo.
Olivia chamou um garçom, "Por favor, leve esta senhora para o quarto 2301."
O 2301 era o quarto que Olivia havia reservado. Seria mais seguro para elas beberem no quarto.
Emily bebeu muito álcool e logo se sentiu tonta. Sua cabeça estava pesada e seus pensamentos confusos. Ela só se lembrava de Olivia batendo em sua mão e dizendo, "Não beba mais. Se você continuar bebendo assim, vai ter uma intoxicação alcoólica. Eu vou comprar uns comprimidos para aliviar o álcool. Volto já. Espere por mim no meu quarto, ok?"
Emily assentiu. Ela foi ajudada pelo garçom, levada até o elevador, e entrou em um quarto, desabando na cama.
O quarto estava escuro e silencioso. Sob a influência do álcool, a cabeça de Emily estava quente e pulsando. Ela mal conseguia ver qualquer coisa com seus olhos. Ela cambaleou até a cama e se deitou.
"Oh..."
Um corpo quente a cobriu. Um beijo quente e agressivo pousou em seu rosto. Ela foi subitamente cercada pelo cheiro leve de um charuto.
Havia um homem!!!
Emily congelou instantaneamente, querendo empurrá-lo, "Quem é você?! Como você entrou aqui?"
Ela ouviu o homem rir baixinho, depois sussurrar em seu ouvido com uma voz profunda, "Fique comigo, eu vou te ajudar a se vingar, retomar o que deveria ser seu. Que tal?"
As mãos do homem eram frias, das nádegas de Emily até suas coxas e depois para o peito. Onde quer que suas mãos percorressem, Emily sentia seu corpo ficando mais quente.
"Uh...oh..." Emily queria recusar, mas o toque do homem e a sedução do álcool a fizeram gemer.
"Eu não vou deixar você se arrepender." Após o homem terminar de falar, ele entrou em seu corpo.
Emily experimentou sensações que nunca tinha sentido antes. Uma sensação formigante e confortável se espalhou pelo seu corpo. Ela instintivamente apertou as pernas ao redor da cintura do homem.
...
Quando Emily acordou, ela quase duvidou se tinha sido apenas um sonho.
Fora da janela, ainda estava escuro, pressionando opressivamente, tornando difícil respirar.
Olivia estava à beira da loucura. Ela não conseguia encontrar Emily, não conseguia completar uma ligação. Além disso, a vigilância do hotel estava fora do ar naquele dia, e ela estava quase em lágrimas de frustração.
Quando ela estava prestes a chamar a polícia, ela ouviu uma voz atrás dela.
"Olivia, estou aqui."
Olivia virou-se e viu Emily, soltando um suspiro de alívio. Levando Emily para o quarto, ela ainda estava irritada. "Aquele garçom era surdo? Eu claramente disse quarto 2301, como ele te levou para o quarto 2307? Eu pensei que tinha perdido você."
Emily olhou para o tempo no seu telefone. Eram duas da manhã.
O corpo de Emily estava dolorido, a cabeça parecia que ia explodir. "Talvez o bar estivesse muito barulhento, e o garçom não ouviu direito."
Olivia disse, "Desde que você esteja bem. Aqui, tome estes comprimidos e leite."
Após tomar os comprimidos, Emily se sentiu muito melhor.
O telefone da Emily tocou. Era uma ligação do Nathan.
Será que Nathan finalmente se lembrou de verificar como ela estava?
Ela respondeu, "Alô?"
"Onde você está?" Nathan perguntou friamente.
Emily respondeu tão friamente, "Isso não é da sua conta."
Nathan pausou, "Amanhã de manhã, nós vamos prosseguir com os procedimentos de divórcio. Depois você pode fazer o que bem entender, ser promíscua como quiser."
"Promíscua?" A mente dela ficou em branco.
"Minha mãe disse que viu você sendo levada por um carro de luxo. Emily, eu não esperava que você já tivesse encontrado um novo homem. Eu subestimei você."
Emily revirou os olhos, "A pessoa que me pegou foi Olivia... Esquece, você não vai acreditar em nada do que eu digo mesmo."
Ela desligou o telefone. Naquele momento, Emily de repente sentiu que esse relacionamento não tinha sentido.
Ela havia encontrado alguém que não a amava. Não importava o que ela fizesse ou dissesse, ela sempre estava errada.
Nos olhos de Nathan, ela nem mesmo era digna de sua confiança.
Era ridículo.
Olivia disse, "Não se preocupe, divórcio não é o fim do mundo. Esse casamento não vale a pena continuar. Você é tão linda, com certeza encontrará um homem melhor."
No hospital, Nathan olhava para a tela do seu telefone, um tanto surpreso.
Esta era a primeira vez que Emily tinha desligado nele.
Sophia segurou a mão de Nathan, "Emily está bem?"
"Ela deve estar. Ela está com Sophia."
Sophia assentiu, "Então eu fico aliviada. Nathan, ainda bem que nosso filho está bem, senão eu não saberia o que fazer..."
Falando do filho, o coração de Nathan amoleceu instantaneamente.
"Não se preocupe, comigo aqui, ninguém vai te machucar, nem a você nem ao bebê."
"Sim," Sophia concordou obedientemente, "Nathan, o que aconteceu entre nós deve ter sido duro para Emily. Eu me sinto culpada."
O sorriso no rosto de Nathan desapareceu um pouco, "Não pense demais, descanse bem. A babá está aqui para cuidar de você. Eu preciso voltar para o escritório para resolver uns assuntos."
"Certo, dirija com cuidado. Tanto eu quanto o bebê te amamos."
Olhando Nathan partir, Sophia tirou um telefone da sua bolsa e fez uma ligação.
Assim que a ligação foi atendida, Sophia perguntou ansiosamente, "Onde estão as fotos? Já passou do horário que combinamos, por que você ainda não enviou as fotos para o meu e-mail?"