A voz de um homem irrompeu pelo telefone, transbordando de frustração: "Estamos enfiados no quarto 2302 a noite toda, uma dúzia de nós. Nenhuma mulher apareceu! Você está nos mandando aqui para tirar fotos nuas de alguma garota, mas meus garotos perderam uma noite inteira esperando. Sophia, é melhor você não estar brincando conosco."
A testa de Sophia se franziu. "Aquela mulher não foi ao 2302? Isso não faz sentido..."
Sabendo que Olivia frequentava o bar, Sophia subornou a segurança antecipadamente. Uma vez que Olivia entrasse no quarto 2302, a segurança traria alguns caras para despi-la, e então Sophia usaria aquelas fotos nuas para pressionar Emily a se divorciar de Nathan.
Emily só tinha Olivia como amiga, e não podia se dar ao luxo de ter aquelas fotos comprometedoras vazadas. Então, ela certamente optaria por um divórcio com Nathan.
Mas o destino tinha um plano diferente reservado. Há poucas horas, Sophia recebeu uma ligação da segurança do bar. Eles tinham visto Emily entrando no bar!
Parecia que a sorte estava do lado de Sophia. Ela decidiu redirecionar o plano para Emily usando a segurança.
Era um plano sólido, mas obstáculos inesperados surgiram.
O homem do outro lado da linha permaneceu irado, "Sophia, você nos enganou. Você me deve o dobro do dinheiro, ou vou contar tudo o que você fez para o Nathan!"
Sophia ferveu de raiva e encerrou a chamada abruptamente.
Esse guarda de segurança tinha um passado sombrio, tendo passado tempo atrás das grades. Sophia sabia que ele era capaz de qualquer coisa.
Entre dentes, Sophia amaldiçoou. Ela não podia se dar ao luxo de desembolsar tanto dinheiro, mas poderia encontrar outra maneira de compensá-lo. Afinal, ele concordou em ajudá-la por um motivo—explorar mulheres. Ela poderia atrair Emily para sua armadilha mais uma vez e fazê-la compensar o canalha.
Enquanto isso, o telefone da Emily vibrou com um texto de um número desconhecido.
"Cuidado com o quarto 2302. Há vários homens lá procurando te prejudicar. Tudo orquestrado pela Sophia."
O coração de Emily disparou. Apesar do bom isolamento acústico do hotel, ela não podia ignorar o perigo iminente do quarto ao lado. O medo se infiltrava ainda mais.
Seus dedos trêmulos digitaram uma resposta.
"Quem é você?"
"Não se lembra? Estivemos juntos há apenas uma hora."
Era ele!
Aquele homem!
As mãos de Emily tremiam ainda mais.
Outro texto seguiu: "Pense no que eu disse ontem à noite e me ligue depois que tomar uma decisão."
No final da mensagem estava uma assinatura—Satanás.
O nome imediatamente evocou memórias do homem que a imobilizou ontem. Ele era como um diabo do inferno, emanando uma aura misteriosa e perigosa.
Ele se ofereceu para ajudá-la a buscar vingança. Será que ele tinha algo contra Nathan?
Quem era ele?
Era o rival de negócios de Nathan ou admirador de Sophia?
A mente de Emily estava repleta de perguntas. Ela fechou os olhos, tentando limpar seus pensamentos.
Ela era apenas uma mulher prestes a se divorciar. O que mais os outros poderiam querer dela?
A aurora rompeu, lançando um brilho suave no quarto.
Emily encarou a luz do sol, sentindo como se os eventos de ontem fossem apenas um sonho. Mas os resquícios de álcool e o quarto do hotel a lembravam da realidade dramática.
Ela se levantou da cama, examinando o quarto lentamente.
Outro texto chegou em seu telefone.
"Há um cartão bancário na mesa com um milhão nele. Gaste como quiser, e me avise se não for suficiente."
Emily ficou surpresa. "Sr. Satanás, você está tentando me manter?"
"Eu sei que não é muito. Não tinha muito dinheiro em mãos quando saí às pressas ontem à noite. Eu providenciarei mais depois."
Emily estava atônita, sem palavras. Ela discou o número da mensagem.
A chamada conectou após uma longa espera.
Uma voz grave e rouca a cumprimentou. "Emily?"
Seu tom, ao chamá-la pelo nome, carregava uma intimidade ambígua, como se uma mão estivesse se estendendo através do telefone para acariciá-la.
Nathan sempre a tratava com uma frieza glacial. Esta foi a primeira vez que um homem chamou seu nome com tanto calor.
Emily hesitou, mas reuniu sua resolução. "Sr. Satanás, eu agradeço a oferta, mas não quero ser mantida. Eu entendo suas intenções, mas não preciso de sua ajuda agora. O que aconteceu ontem à noite foi apenas uma coisa de momento, e não nos devemos nada."
O homem riu suavemente. "Você é bastante sensata. Você despertou ainda mais meu interesse."
"Você..." Emily se interromper.
"Emily, não há pressa em recusar. Eu entendo sua situação, e sei que você precisa do dinheiro."
"Não preciso dele. Posso ganhar meu próprio dinheiro."
A voz de Emily era resoluta. Aceitar dinheiro do diabo nesse momento não era uma decisão simples.
Mas assim que ela desligou, o hospital ligou.
"Emily, seu pai adoeceu depois de uma ligação e precisa de cirurgia de emergência. Por favor, venha imediatamente!"
Emily correu para o hospital, onde seu pai já havia sido levado para a sala de cirurgia.
"Como está meu pai?" Emily perguntou a uma enfermeira ansiosamente.
"Ele estava estável antes, mas depois de uma ligação esta manhã, ele adoeceu. Sua pressão arterial disparou para 180... Os médicos estão fazendo o melhor deles..."
"Fazendo o melhor deles" soava tão inadequado diante da vida de seu pai.
Seu pai, William Carter, sofria de doença cardíaca e tomava medicamentos há anos. Mas sua condição piorou com o tempo.
O médico emergiu da sala de cirurgia, seu uniforme manchado de sangue. "Você é a filha de William Carter?"
"Sou. Como está meu pai?" A voz de Emily tremia.
"Ele está em estado crítico e precisa de cirurgia imediata..." A expressão do médico era grave.
Emily assentiu fervorosamente. "Por favor, doutor, você tem que salvá-lo..."
"Mas o custo da cirurgia..."
A cirurgia custaria trinta mil.
Apesar de ser esposa de Nathan, Emily não tinha esse tipo de dinheiro.
Mas com a vida de seu pai em jogo, ela não tinha escolha!
Ela encontrou o número de Nathan em seu telefone e discou.
Demorou um pouco para a chamada se conectar.
A voz de Nathan, fria como gelo, ecoou. "Você está com tanta pressa para se divorciar?"
Caiu a ficha para Emily que eles haviam concordado em se encontrar para procedimentos de divórcio hoje.
O horário em seu telefone marcava sete e meia, ainda antes da hora marcada.
"Nathan..." A voz de Emily vacilou, "Você pode me emprestar trinta mil..."
"Hmph!" O desdém de Nathan era palpável. "Se arrependendo agora? Eu preenchi o valor errado no cheque que te dei ontem? É por isso que você precisa de mais dinheiro para concordar com o divórcio?"
"Não... Eu..." Emily lutou para explicar, a urgência da situação pesando sobre ela, "Nathan, mesmo que eu implore, só preciso de trinta mil... Afinal de contas, eu ainda sou sua esposa."
Nathan a interrompeu. "Emily, sua ganância é repugnante."
A voz da enfermeira podia ser ouvida ao fundo, instando-a a tomar uma decisão rapidamente.
Com os dentes cerrados, Emily persistiu. "Nathan, me chame de gananciosa ou promíscua, mas considere esses trinta mil um empréstimo. Trabalharei duro para pagar você de volta. A condição do meu pai é crítica, e nunca pedi nada a você antes, mas desta vez, estou implorando..."
"Crítica?"
De repente, a voz de Sophia perfurou a linha, transbordando de diversão maliciosa. "Seu pai ainda não morreu?"
Emily congelou. "Onde está Nathan? Por que você está atendendo o telefone dele?"
O tom de Sophia era indolente. "Nathan disse que não queria mais ouvir sua voz, então ele me deixou atender a ligação. Minha querida Emily, você é tão incômoda, ligando tão cedo e perturbando o sono das pessoas. Estou exausta."
"Vocês dois dormiram juntos ontem à noite?"
"Claro. Eu apenas dormi na sua cama, querida Emily. Sua cama e seu homem, achei-os bastante confortáveis..."
"Você não tem vergonha?! Não tenho tempo para perder com você. Passe o telefone para Nathan!"
"Nathan disse que se não for sobre o divórcio, ele não quer mais falar com você", Sophia disse com um sorriso irônico, "Eu ouvi sobre seu pai precisar de cirurgia. Precisa de dinheiro, não é?"
Emily lutou para conter suas emoções.
A vida de seu pai estava em jogo, e ela tinha que engolir seu orgulho.
"Sophia, meu pai adoeceu depois de uma ligação esta manhã, e ele está em péssimas condições. Você pode pedir ao Nathan para me emprestar trinta mil primeiro? Eu assinarei uma promissória..."
"É possível..." Sophia riu, "Mas mesmo que Nathan concorde, eu não vou deixá-lo te dar o dinheiro. Porque aquela ligação fui eu chamando seu pai."
Emily ficou paralisada. "O que você disse a ele?"
"Não muito, apenas mencionei seu pequeno caso com um homem. Quem sabia que o velho não aguentaria e foi direto para a sala de cirurgia..."