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*Jared*
Passei as costas dos dedos sobre o tornozelo exposto dela, e ela nem se mexeu. Estava esparramada na cama, de bruços, com os braços e pernas abertos e um travesseiro em cima da cabeça. Levantei o travesseiro devagar para garantir que ela estava respirando e não havia se sufocado, mas estava tudo bem. Ela estava apagada.
Elisa dormia feito pedra. Eu estava mais que impressionado com isso e, sendo honesto, um pouco invejoso. Deixei o travesseiro cair de volta sobre sua cabeça e cruzei o quarto para fechar as cortinas, bloqueando a luz do final de tarde. Papéis estavam espalhados pela mesa e pelo chão, todos cobertos de borrões de tinta e esboços grosseiros do Criptex.
Peguei os papéis descartados enquanto caminhava pelo quarto, folheando cada página. Ela tinha uma caligrafia terrível, quase ilegível, mas afinal, ela era uma historiadora. Tenho certeza de que escrevia tão rápido quanto sua mente conseguia raciocinar.