Alguns dias se passaram desde aquele dia.
Donovan retornou ao confinamento sombrio de sua cela, e sua decisão já estava tomada. Sentado no chão nu, seus dedos pairavam sobre as algemas metálicas que estavam presas ao seu tornozelo esquerdo.
Ele podia sentir o fraco zumbido de energia percorrendo o dispositivo, e isso era um lembrete severo da punição que o aguardava se ele aplicasse muita força. A última coisa que ele queria era disparar outra rodada de eletrocução antes mesmo de conseguir quebrar o mecanismo.
"Droga... o que faço?" ele murmurou sob sua respiração, sua voz carregando uma mistura de frustração e desconforto. Suas mãos já estavam vacilando, permanecendo a poucos centímetros da algema.
A memória do choque ardente ainda era recente. Antes, quando o prisioneiro o provocou, a dor não importava naquele momento específico — sua raiva havia superado sua razão para ser cauteloso. Mas agora? Agora ele não podia ignorar a agonia potencial esperando para atacar.