"O mundo sempre foi vermelho?" Donovan murmurou, saindo de sua cela com uma calma que traía o massacre que acabara de cometer momentos atrás.
Sua voz era baixa, contemplativa, como se o assassinato fosse apenas um pensamento passageiro.
Soltando um suspiro, sua cabeça inclinou-se ligeiramente, seguindo a direção para onde o carcereiro havia fugido. Ele conseguia sentir o medo do carcereiro, seu pânico, sua pulsação, portanto, um sorriso pecaminoso esboçou-se em seus lábios, sua malícia aprofundada pelo brilho tênue das runas escuras gravadas em sua pele. Ao estender a mão para frente, a palma manchada de carmesim se abriu para revelar finos fios escuros cintilantes desenrolando-se de suas pontas dos dedos. Eles deslizavam pelo ar como seres vivos, tecendo-se nas sombras em perseguição à sua presa.
O carcereiro, encharcado em seu próprio suor e consumido pelo terror, corria pelos corredores labirínticos com cada grama de força que podia reunir.