Oliver — Bom dia, Acordou? Flor do dia?
Volk — Onde... Onde eu estou?
Oliver — No inferno, ainda.
Volk — Por que eu não consigo me mover?
Oliver — Você tá selado, por precaução.
Volk — Me solta!
Oliver — Tô afim não, tenho perguntas e quero respostas.
Volk — EU NÃO VOU FALAR NADA!
Oliver — Você não tem que querer, quem não gato, caça com rato.
Volk — Como?
Raviel entra no laboratório com um frasco peculiar em suas mãos.
Volk — O que... O que é isso?
Oliver — Um forma de fazer você falar.
Raviel — Tente não se mover muito, se eu errar, você vai morrer denovo e depois, a gente te caça...
Volk — Do que vocês estão falando?
Oliver — Falei com um certo rei dragão, e ele me contou que havia um humano fazendo estragos nós outros reinos e sabe o mais legal disso?
Volk — O que?
Oliver — É que mesmo que alguém matasse esse humano, ele voltava... E isso é interessante...
Volk — E por que acha que sou eu?
Oliver — Único jeito de entrar no inferno é por portais, que só podem ser abertos pela Soryn, ou criados de dentro pra fora do inferno, então, se você juntar os pontos, não é muito difícil entender.
Raviel — Agora... Não se mexa.
Oliver se senta na bancada, enquanto isso, Raviel se aproxima de Volk, colocando o líquido que havia no frasco em uma injeção e inserindo no corpo do garoto.
Volk — Você... Não deveria ser um herói?
Oliver — Eu sou uma boa pessoa, mas trabalho é trabalho, e quando eu trabalhava no meu mundo, eu conheci vários tipos como você.
Volk — Seu... Mundo?
Oliver — Longa história.
Raviel — O efeito vai começar em alguns segundos, eu tive que remover algumas propriedades, afinal, o corpo dele não ia aguentar.
Oliver — Obrigadinho, agora senta ai e relaxa um pouco.
Raviel — Tudo bem...
Raviel se senta na bancada ao lado de Oliver, que por sua vez, muda totalmente sua postura, mudando totalmente a aura leve que tinha em sua volta.
Oliver — Seguinte, vamos ser rápidos, pra não ter dor de cabeça, quem caralhos é você e qual o motivo de querer matar outras raças?
Volk — Eu... Eu não sei quem sou, eu apenas sei o meu nome, sei que, o meu objetivo é destruir.
Oliver — Vamos tentar novamente... Por que estava atacando as raças...
Volk — Eu não sei... EU NÃO SEI!
Oliver — Para de gritar, a gente tá em um laboratório em baixo da mansão, e só estamos nós 3.
Raviel — Bem, se ele diz que não sabe e eu tenho certeza que minhas drogas não falham, ele tá falando a verdade.
Oliver — Beleza... Mas você lembra de algo, sem ser seu nome?
Volk — Cara... Eu só lembro que morri pra algo muito quente, o resto eu não lembro mais.
Oliver — Ótimo! Com isso já basta, Klythos.
Klythos — AYO CAPITÃO!
Oliver — Vocês todos vão começar a ficar com roupa de pirata?
Klythos — É só um chapéu.
Oliver — Tá... Tira o selo.
Klythos — Sim, Senhor!
O pecado da ganância se aproxima do jovem e começa a escrever runas com suas garras.
Raviel — [Realmente é bom soltar ele?]
Oliver — [Tenho um plano, relaxa um pouco]
Raviel — [Se você diz]
As runas que antes prendiam Volk, agora era desfeitas por outras e finalmente, o jovem estava solto.
Oliver — Nem pense em fugir.
Volk — Tá...
Raviel — Não, nem é brincadeira, se você tentar fugir, as outras drogas que eu coloquei no seu corpo enquanto você estava desmaiado, vão te paralisar.
Volk — Vocês são monstros?
Raviel — Disse o cara que tava destruindo o inferno.
Volk — Mas é o inferno!
Raviel — E o que isso tem a ver? Seres vivos são seres vivos, tava tudo tranquilo até você chegar, agora tem uma rachadura no teto.
Volk — Espera... Quantos dias eu fiquei apagado?
Raviel — Uma semana.
Volk — E vocês ainda estão reconstruindo tudo?
Oliver — Claro que sim, o problema começou quando você virou aquele monstro estranho e acabou quebrando teto, muitos destroços vieram a cair.naquela brincadeira.
Raviel — O Reino infernal tem mais ou menos, seis quilômetros de raio, E VOCÊ DESTRUIU METADE DELE! SABE QUANTAS VIDAS INOCENTES MORRERAM?
Volk — Mas... As almas ruins não vão pro inferno?
Raviel — CLARO QUE NÃO! Elas passam pelo purgatório, se forem ruins, são apagadas na hora, o inferno é totalmente outra coisa.
Volk — Espera...
Raviel — Sim, Crianças estão traumatizadas, demônios morreram, o inferno tá precisando receber ajuda de outras raças.
Volk — Eu... Eu não sabia.
Raviel — Claro que não sabia, tava mais interessado em destruir e matar.
Oliver — Olha... Ravi, vai pegar algo pra comer, você tá meio estressada.
Raviel — MAS!
Oliver — Sem mas, você precisa se acalmar.
Raviel — Tá... Eu vou me acalmar, mas não vou sair daqui.
Oliver — Vai dormir um pouco então.
Raviel — Tá...
Oliver — Klythos, vai ver como esta a situação do reino com o Raven e os outros.
Klythos — Certo!
Raviel pega o sobretudo de Oliver para si, ativando uma alavanca que faz a parede do local girar, e aparecer uma cama
Klythos se teletransporta para Raven através das marcas no braço do detetive
Oliver estalas os dedos e cria uma barreira em volta de si e Volk.
Volk — Eu... Eu não sabia...
Oliver — Seguinte, vamos vasculhar sua última morte e saber pra quem você morreu, talvez ai, temos uma pista.
Volk — Como?
Oliver — Apenas faça o que eu mandar.
Um tela de mana aparece do lado dos dois.
Oliver — Coloca a mão ai, que a gente vai ver um pedaço do seu passado, através de uma breve memória.
Volk — Ce-Certo.
Colocando a mão na tela, imagens começam a ser formadas e em questão de segundos... O passado era revisitado
Em meio ao deserto, com um calor que mataria qualquer um, havia um jovem de pé, encarando um monstro
Volk avançou com passos firmes, os músculos tensionados como molas prestes a se soltar
Seus punhos se ergueram em uma guarda alta, sua respiração controlada...
Antes das imagens continuarem, o pecado da preguiça surge.
Lethion — Ora Ora...
Oliver — Conhece?
Lethion — Como não conhecer... Ele é... O traidor... O maldito... Pecado do orgulho... Helzar...
O foco volta para a tela de mana
Helzar, imponente como uma estátua divina, não recuou
O sol ardia no céu, e sua presença parecia amplificar aquele brilho abrasador
O primeiro golpe veio rápido, Volk disparou um direto de direita, sentindo os nós dos dedos esmagarem contra a face de Helzar
O impacto foi sólido, mas o Pecado do Orgulho apenas virou o rosto, sorrindo de canto
Volk girou o quadril e disparou um gancho na costela, seguido de um uppercut certeiro
Helzar cambaleou levemente, mas antes que Volk pudesse capitalizar, uma lâmina de luz cortou o ar, forçando-o a recuar.
Volk — Maldito...
Helzar — O que disse?
A aura solar ao redor de Helzar crepitava, irradiando calor sufocante
Volk alterou sua abordagem, flexionando os joelhos e reduzindo a base.
Volk — NÃO VAI SE ACHANDO MUITO!
Helzar — Pobre... Humano...
Ele entrou no ritmo do Muay Thai, desferindo uma sequência de chutes rasteiros
O impacto fez Helzar deslizar pelo solo, e Volk aproveitou para saltar com uma joelhada voadora
Desta vez, o golpe fez Helzar recuar de verdade.
Helzar — Opa...
Volk — Vem com tudo.
Helzar — Engraçado...
Mas então, o sol brilhou mais forte
Uma lança dourada disparou do alto, atingindo Volk em cheio no ombro e perfurando a carne
Ele cerrou os dentes e rolou para o lado, trocando sua abordagem novamente
Com movimentos fluidos do Sistema, ele se esgueirou ao redor de Helzar, esquivando-se por milímetros dos cortes horizontais de luz
Suas mãos se moviam como serpentes, buscando desequilibrar o inimigo
Ele conseguiu agarrar um dos braços de Helzar e o puxou para um estrangulamento.
Volk — PEGUEI!
O chão estalou sob o peso dos dois
Volk apertou a guilhotina com toda a força, sentindo os músculos do inimigo tensionarem contra seu aperto
Helzar se debatia, seu corpo tremendo, seus dentes rangendo.
Volk — QUE FOI? O ORGULHO TÁ COM MEDO?
O pecado do orgulho se contorcia como um homem à beira da morte... Mas então… ele riu.
Volk — Que...
As mãos de Helzar se ergueram, o sol refletindo em suas palmas abertas
Um clarão tomou conta do campo de batalha, e Volk foi arremessado para trás, sua pele queimando, o cheiro de carne chamuscada impregnando o ar.
Helzar — Disse algo?
Volk — DROGA!
A batalha parecia estar chegando ao fim, mas Volk não aceitaria a derrota
Seu corpo se dobrou, seus ossos estalaram e sua carne rasgou
Ele gritou, e aquele grito não era mais humano.
Helzar — Tudo isso... Para nem me causar um simples arranhão?
Sua segunda forma emergiu, a pele se dissolveu em um negrume monstruoso, os olhos vermelhos se multiplicaram pelo seu corpo, brilhando como brasas vivas
As garras cresceram, e sua presença tornou-se avassaladora, um verdadeiro pesadelo materializado
Ele investiu contra Helzar, sua velocidade agora multiplicada, sua força devastadora
Cada golpe deixava crateras no solo, suas garras dilaceraram o peito do pecado do orgulho, e o sangue dourado escorreu
Helzar caiu de joelhos, Volk ergueu sua mão monstruosa para o golpe final…
Então, tudo parou.
Helzar — Cansei de você...
O corpo de Helzar tremeu por um momento, e sua expressão de dor desapareceu
Ele ergueu o rosto, ainda ajoelhado, mas agora com um sorriso arrogante
A ferida que Volk havia causado se fechou em segundos
Foi um teatro, uma farsa cruel
Antes que Volk pudesse reagir, Helzar estendeu a mão e uma explosão de luz solar o consumiu
Sua carne monstruosa foi queimada até as cinzas, sua forma bestial reduzida a nada
Mas nem a morte foi seu descanso
Ele renasceu, caído no chão frio e sombrio, seu corpo estava fraco, suas forças, inexistentes
O cheiro de enxofre preencheu seus pulmões... Ele olhou ao redor e viu torres de chamas púrpuras, um céu escuro e distorcido
Ele estava no reino infernal, E agora, sem memórias, sem glória, ele era apenas mais um entre os condenados.
Oliver — Então esse é o nível do pecado do orgulho.
Lethion — Irritante...
Volk — Você... Você consegue realmente ver o passado?
Oliver — Consigo, mas vai depender se você tem uma breve memória, mesmo que por alguns segundos, mas vendo sua situação atual, nem vale a pena tentar.
Volk — Se for assim... ME AJUDE A DESCOBRIR QUEM EU SOU!
Oliver — Isso ai é com você, o máximo que eu posso fazer é te dar um caminho e liberar seu potencial.
Volk — Liberar... Meu potencial? Como assim?
Oliver — Tenho um método para esse tipo de coisa, tudo vai depender se vai se juntar a mim, ou não.
Volk — Ah...
Oliver — Não é como se tivesse muitas escolhas, se você sair do inferno, provavelmente vai morrer, você tá ficando fraco toda vez que morre, comparado a sua luta contra o Helzar, você tá muito mais fraco.
Volk — ENTÃO ME DEIXE MAIS FORTE! POR FAVOR!
Oliver — Vai se aliar a mim?
Volk — Eu ainda tô um passo atrás, mas se for pra ficar mais forte, ENTÃO BORA!
Oliver — Beleza, fica parado e fecha os olhos.
Volk — Agora?
Oliver — Não quer ficar forte?
Volk — CERTO! E agora...
Oliver — Apenas, relaxe e tente pensar em nada.
Volk — Certo...
Oliver começa a escrever runas usando a telecinese, enquanto isso, Volk, tentando limpar sua mente, se encontra no vazio.
Oliver — Hora de cultivar...
A energia pulsava ao redor de Volk como um rio revolto, selando-o em um vórtice de poder puro
Oliver, de pé à distância, canalizava a cultivação, seu corpo envolto em uma névoa vermelha e negra que oscilava como chamas vivas
O espaço ao redor deles se distorcia, e Volk sentiu sua mente ser puxada para as profundezas do desconhecido.
Quando abriu os olhos novamente, não estava mais ali.
Volk — [Que lugar é esse?]
O chão era um reflexo de sombras e luzes intercaladas, um oceano sem superfície, onde o céu não existia
Ele se viu de pé sobre um espaço infinito, e então, à sua frente, surgiram eles... Suas outras versões.
Volk — [Outros... Eus?]
O primeiro a avançar foi seu eu primitivo, um Volk que existia apenas para a brutalidade
Sua forma era bestial, seus olhos brilhavam com a fúria de um animal encurralado, sem hesitar, ele atacou.
Volk — [MERDA]
O embate foi feroz, Volk esquivava-se com precisão, mas sentia a força avassaladora de cada golpe
O impacto das garras de sua versão bestial quase o lançava para trás.
Volk — [Por que aquele cara me mandou pra cá? É como se eu fosse morrer, mas isso é impossível, afinal aqui não é físico... Mas mesmo assim...]
Mas ele sabia… aquilo era uma fraqueza.
Volk — [Uma forma que só aparece quando eu estou prestes a morrer ou morro... Isso tá impedindo minha evolução, é isso que aquele cara quer me mostrar?]
Essa forma era um fardo que o impedia de alcançar seu verdadeiro potencial.
Volk — [Se for isso mesmo...]
Com um movimento calculado, ele rompeu a defesa da criatura e a esmagou no solo, dissipando-a em um turbilhão de energia.
Volk — [Foi uma...]
Sem tempo para descanso, outra versão surgiu
Dessa vez, era um Volk mais velho, impetuoso e arrogante
Ele se movia rápido, confiante em sua força bruta
Seu estilo de luta era agressivo, sem estratégia, sem refinamento
Volk sentiu os golpes atingirem seu corpo, mas, ao invés de reagir com violência, ele absorveu os ataques, estudando-os.
Volk — [Sem desespero...]
Então, com um único golpe preciso, ele derrubou sua versão mais velha
O corpo de seu outro eu desapareceu, transformando-se em energia que fluía para dentro dele.
Volk — [Que confusão é essa?]
Outras versões surgiram
O Volk derrotado
O Volk hesitante
O Volk que fugia da batalha
Cada um representava um fragmento de si mesmo que precisava ser superado
E um a um, ele os enfrentou, compreendendo suas fraquezas e as extinguindo
Mas então, no fim daquele caminho, surgiu a versão final
Ele próprio, mas diferente, um Volk sem limitações, sem amarras, sem medo
Seus olhos eram afiados, seu corpo perfeito em movimento, sua presença esmagadora
Ele não atacou de imediato, pois sabia… essa batalha não era apenas força contra força, era uma superação.
O confronto foi além de golpes e técnicas, cada movimento era um teste, cada defesa, uma resposta
Volk sentia o peso de cada escolha, cada erro que já cometeu, cada fardo que carregava. Mas ao invés de resistir, ele aceitou.
A verdade se tornou clara: ele nunca precisou da forma bestial, seu verdadeiro poder sempre esteve ali, esperando para ser acordado novamente.
Quando o último golpe foi desferido, o espaço ao redor se desfez
Volk sentiu sua essência se fundir com o todo, sua mente e corpo finalmente completos.
Volk — [É isso que... Ele chama de despertar potencial?]
Quando abriu os olhos, estava de volta
Oliver estava diante dele, e a cultivação agora o envolvia por completo
Não havia mais limites
O verdadeiro Volk havia despertado.
Oliver — Eu despertei o seu potencial, você vai crescer muito mais rápido, mas mesmo assim, vai demorar para recuperar todo o seu poder e suas memórias.
Volk — O que foi isso?
Oliver — Hm? Que foi? Você não queria ser mais forte? Então supere a si mesmo, foi isso que você fez.
Volk — Aquelas minhas versões...
Oliver — Aparentemente eram versões de outras mortes suas, claro que em um nível reduzido, mas mesmo assim, você se saiu bem.
Volk — Por que me ajudou? Mesmo depois do que eu fiz?
Oliver — Simples...
O detetive coloca a mão na cabeça do jovem.
Oliver — Você ainda é novo, tem muito a melhorar, e também, que mau tem ajudar alguém que precisa ser ajudado?
Volk — Mas, e agora?
Oliver — Nós vamos treinar e sair na mão com o pecado do orgulho, você quer vingança provavelmente e ele é o único pecado que falta pra mim.
Volk — Então é isso? Depois de você me dar uma surra, eu entrei pra sua equipe?
Oliver — Melhor isso do que ser destruido por mim, novamente.
Volk — É, você tem razão.
Oliver — Se levanta ai, vamos comer algo.
Volk — Eu tô só a escória.
Oliver — Eu resolvo.
Usando a cultivação nos trapos que Volk vestia, Oliver cria novas roupas para o garoto.
Volk — Isso foi rápido.
Oliver — Né? Bem útil.
Lethion volta a dormir, Volk vai parar a porta do laboratório, enquanto isso, Oliver se aproxima de Raviel.
Oliver — Você tá acordada, né?
Raviel — Hmrum...
Oliver — Se preocupa não, eu não vou parar de gostar de você, por conta dessa sua personalidade agressiva.
Raviel — Eu sei... Mas...
Oliver — Sem mas, eu vou ali comer algo junto do Volk e volto em minutos.
Raviel — Certo.
Oliver e Volk saem do laboratório e caminham em direção a cozinha, chegando no local, encontram Hestia e os demais.
Volk — Er... Foi mal.
Hestia — Se você ainda tá aqui, então tá perdoado.
Oliver — Se conheçam ai, eu volto depois.
Sem perder tempo, o detetive volta para o laboratório.
Oliver — Voltei, na real eu só larguei o Volk com eles, espero que se dêem bem.
Raviel — Hm...
A grande porta do laboratório se fecha e inúmeras trancas surgem.
Oliver — Conheço essa cena.
Raviel — Desculpa... Eu acabei ficando muito puta com o garoto e quase estraguei seu trabalho.
Oliver — Que nada, na verdade ajudou em desestabilizar ele, então obrigado.
Raviel — Isso não é coisa que um vilão faria?
Oliver — Vilão, Herói, que seja, se algo for do meu interesse, eu uso os métodos que forem necessários, sempre foi assim, então sempre vai ser assim.
Raviel — Você parece um vilão falando.
Oliver — E se eu virasse um?
Raviel — O mundo estaria fudido.
Oliver — He... Que isso...
Raviel — Ai... Oliver...
Oliver — Manda.
Raviel — Promete uma coisa?
Oliver — Não vejo motivos pra recusar.
Raviel — Quando a gente sair desse inferno, literalmente, a nossa primeira noite lá fora, vamos ficar acordados até de madrugada vendo as estrelas?
Oliver — Tem isso né, você nunca saiu do inferno, só sabe através dos livros... Mas é claro que eu prometo.
Raviel — Valeu... Mas... E então... Quer fazer...
Oliver — Você me trancou aqui, eu poderia simplesmente arrombar a porta, mas se quer tanto assim.
Raviel — Ótimo... Abre o zíper aqui.
Oliver — Certo...
Passados, Momentos de tensão, Superação, e por último, uma noite bem quente no inferno, e o calor, não era do inferno.