Capítulo 1 "parte 1"
"Eu sou ó... Shu-kun.."
Quando pensamos em uma pessoa comunicativa, pensamos em alguém que consegue se comunicar normalmente, faz e tem muito amigos e se acostuma facilmente com novas amizades.
Porém nem todos são assim, algumas pessoas tem dificuldade com isso e outras tem um medo intenso de ser rejeitada pelos outros ou sofrer algo pior tentando não se socializar mesmo querendo fazer uma conexão
o que essas pessoas tem e podem desenvolver e o distúrbio trastorno de personalidade esquiva (TPE) que foi mencionado
E o nosso personagem Shu-kun Takeshi, mais conhecido como Shu.
Na infância sofreu bullying sendo apelidado de fantasma e ignorado boa parte das vezes é após perder a mãe aos oito anos de idade, ele acaba desistindo completamente de fazer amigos e colocando em sua cabeça de se isolar por completo para não causar mais problemas.
Só que o destino muda isso Aparti dessa manhã...
O despertador tocou, rompendo o silêncio da manhã. Shu, ainda encolhido debaixo das cobertas, abriu os olhos lentamente, ajustando-se à luz fraca que penetrava pela janela. Ele suspirou, preparando-se mentalmente para mais um dia no colégio.
"Mais um dia, Shu. Você consegue,"
murmurou para si mesmo. Ele se levantou e começou a se preparar e colocar a roupa,Com uma blusa, Shu puxou o capuz sobre os cabelos brancos, tentando esconder o rosto. Seus olhos vermelhos, geralmente escondidos, carregavam um brilho suave que revelava mais do que ele gostaria, ajustando-o de maneira a cobrir seu rosto. Olhou-se no espelho rapidamente, certificando-se de que estava bem escondido, e saiu do quarto.
Ao chegar no colégio, Shu manteve a cabeça baixa como sempre. Ele sabia que assim evitava chamar a atenção e, consequentemente, as piadas e zoações que tanto o atormentavam.
Enquanto caminhava pelos corredores lotados, seus pensamentos se voltaram para Ayanami, uma garota de sua sala. Ela era doce, simpática e extremamente bonita. Ela tem os cabelos brancos e longos, com os olhos laranjas e uma aparência carismática que combina com sua gentileza, Shu sabia que era praticamente impossível que ela o notasse, mas isso não impedia seu coração de bater mais rápido toda vez que pensava nela.
Perdido em seus pensamentos, Shu esbarrou em alguém. Materiais escolares caíram ao chão e ele murmurou um pedido de desculpas enquanto se abaixava para recolhê-los.
— Desculpa, eu... não vi você. — Shu disse, sem levantar os olhos.
— Tudo bem, não foi nada. — respondeu uma voz doce e familiar.
Shu levantou o olhar e viu que era Ayanami. Ele sentiu algo diferente, uma estranha calmaria, ao olhar em seus olhos. Sentiu-se corar e, atropelando as palavras, agradeceu:
— O-obrigado. Eu... tenho que ir. — E saiu rapidamente, deixando Ayanami confusa.
Na sala de aula, Shu sentou-se em seu lugar habitual, no fundo da sala, esperando que ninguém notasse sua presença. Pouco depois, uma borracha caiu de uma mesa ao lado da sua. Shu olhou e viu que era a carteira de Ayanami.
"Se quero deixar de ser tímido, devo começar pelo básico," pensou ele.
Recolheu a borracha e, com o coração acelerado, estendeu-a para Ayanami.
— Ei, sua borracha.
Ayanami sorriu e pegou a borracha das mãos de Shu.
— Obrigada! Você é o Shu, certo? Sempre senta aqui no fundo.
Shu balançou a cabeça afirmativamente, sem conseguir dizer uma palavra. Ayanami continuou:
— Sabe, eu sempre te vejo por aqui. Você parece ser um bom garoto.
Shu sentiu seu rosto esquentar ainda mais. Ele tentou responder, mas só conseguiu soltar um murmúrio ininteligível.
— Não precisa ficar nervoso. — Ayanami disse gentilmente. — Podemos ser amigos, se você quiser.
Shu olhou para ela, surpreso. Ninguém havia sido tão direto e gentil com ele antes. Ele tentou responder, mas novamente as palavras falharam.
— Q-quer dizer... eu... — Shu gaguejou, antes de abaixar a cabeça.
— Tudo bem, Shu. — Ayanami riu suavemente. — Podemos conversar mais depois. Eu tenho que ir agora, mas... até mais tarde.
Ela se levantou e foi embora, deixando Shu com um misto de emoções. Por um lado, estava feliz por finalmente ter tido uma interação positiva com alguém. Por outro, sentia-se frustrado por não conseguir se expressar corretamente.
Shu decidiu que aquele seria o começo de uma mudança. Se quisesse parar de ser tímido, precisaria continuar tentando. E quem sabe, com o tempo, ele poderia se tornar amigo de Ayanami e talvez até mais.
Enquanto o dia seguia, Shu olhou para Ayanami de vez em quando, sentindo-se um pouco mais corajoso a cada sorriso que ela lhe dirigia. Talvez, só talvez, ele estivesse no caminho certo para deixar de ser invisível.
O sino tocou, indicando o início do intervalo. Shu pegou sua lancheira e saiu da sala, dirigindo-se ao lugar de sempre, um canto tranquilo no jardim da escola, onde ele podia almoçar em paz, longe dos olhares curiosos e das possíveis provocações.
Sentado no banco, ele abriu sua lancheira, mas não conseguiu comer imediatamente. Seus pensamentos estavam ocupados com Ayanami.
"Eu deveria tentar falar com ela," pensou.
"Talvez a convidar para almoçar comigo... mas o que eu diria?"
Ele começou a imaginar diferentes cenários, cada um terminando de maneira embaraçosa. Sentia um nó se formar em seu estômago só de pensar em se aproximar dela. Enquanto tentava encontrar as palavras certas, ouviu passos leves se aproximando.
— Oi, Shu! — A voz doce e familiar fez seu coração disparar.
Shu levantou os olhos, surpreso, e viu Ayanami sorrindo para ele.
— Posso me juntar a você? — Ela perguntou, segurando sua própria lancheira.
Ele tentou responder, mas as palavras ficaram presas em sua garganta.
Finalmente, ele conseguiu murmurar:— S-sim, claro.
Ayanami sentou-se ao lado dele, abrindo sua lancheira. Ela começou a falar casualmente, enquanto Shu tentava se concentrar no que ela dizia, mas sua mente estava uma bagunça de emoções.
— Eu gosto deste lugar. É tranquilo. — Ela comentou, dando uma mordida em seu sanduíche.
— Você sempre almoça aqui?Shu assentiu, ainda sem saber o que dizer. Ele queria desesperadamente manter a conversa, mas não conseguia encontrar as palavras certas.— Sabe, Shu, eu notei que você é bastante reservado.
— Ayanami continuou, olhando para ele com curiosidade.
— Tem algo que você goste de fazer? Algum hobby?
Shu respirou fundo, tentando se acalmar. Ele sabia que precisava responder. "Apenas seja honesto," pensou.
— Eu... eu gosto de desenhar. — Disse ele, sentindo-se um pouco mais confiante ao falar sobre algo que gostava.
— Sério? Que legal! Eu adoraria ver seus desenhos algum dia.
— Ayanami sorriu, genuinamente interessada.Shu ficou surpreso com a reação dela.
Ninguém nunca tinha demonstrado interesse em seus desenhos antes. Ele sentiu uma pequena chama de coragem acender dentro de si.
— P-posso te mostrar, se você quiser.
— Disse, ainda gaguejando um pouco, mas com um leve sorriso no rosto.
— Adoraria! — Respondeu Ayanami, animada.
— E você, Shu? Tem alguma coisa que você gostaria de saber sobre mim?Shu olhou para ela, tentando pensar em uma pergunta.
Ele estava tão acostumado a evitar conversas que não sabia bem o que perguntar.
— E-eu... — Começou ele, olhando para o chão. — O que você gosta de fazer no seu tempo livre?
— Eu gosto de ler e ouvir música. — Respondeu ela.
— Também gosto de passar tempo com meus amigos. Sabe, Shu, eu acho que você e eu podemos ser bons amigos.
Shu ficou em silêncio por um momento, processando o que ela tinha dito. Sentiu uma onda de gratidão e alívio. Talvez, apenas talvez, ele pudesse realmente fazer amigos.
— Obrigado, Ayanami. — Disse ele, finalmente conseguindo olhar nos olhos dela.
— Eu gostaria disso.Eles continuaram conversando, Ayanami fazendo perguntas leves e Shu respondendo timidamente, mas com crescente confiança.
Quando o intervalo terminou, Shu se sentiu diferente. Pela primeira vez em muito tempo, ele não se sentia invisível. Ayanami havia trazido uma pequena luz em seu mundo sombrio, e ele estava determinado a manter essa luz acesa.
De volta à sala de aula, Shu sentiu-se um pouco mais confiante. A conversa com Ayanami durante o almoço havia sido um passo importante para ele. Ele ainda estava nervoso, mas uma parte dele começava a acreditar que poderia mudar.Sentado em sua carteira, Shu abriu seu caderno de desenhos. Ele não tinha coragem de mostrar os desenhos para Ayanami imediatamente, mas decidiu que começaria a preparar algumas ilustrações que poderia compartilhar com ela no futuro. Isso lhe dava um objetivo concreto, algo pelo qual esperar.
A professora entrou na sala e começou a aula. Shu tentou se concentrar, mas sua mente continuava voltando para Ayanami e a conversa que tiveram. De vez em quando, ele olhava de relance para a garota sentada ao seu lado, ainda surpreso por ela ter demonstrado tanto interesse nele.No meio da aula, Ayanami se virou para ele e sussurrou:
— Ei, Shu. Está tudo bem?
Shu se sobressaltou, surpreso com a interrupção. Ele gaguejou um pouco antes de responder:
— S-sim, estou bem. Obrigado.Ayanami sorriu, um sorriso que parecia iluminar a sala.
Shu sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo. Era um sentimento estranho, mas agradável.
— Se precisar de alguma coisa, é só me chamar, tá bom?
— Disse ela, antes de voltar a prestar atenção na aula.
Shu assentiu, sentindo-se grato pela gentileza dela. Ele decidiu que tentaria retribuir essa gentileza de alguma forma. Talvez, quando tivesse mais confiança, pudesse até convidá-la para um passeio ou algo assim.
O tempo passou rapidamente, e logo a aula estava chegando ao fim. A professora fez um anúncio:
— Lembrem-se, alunos, temos um projeto em grupo para a próxima semana. Vocês devem formar duplas e escolher um tema até amanhã.
Shu imediatamente sentiu um frio na barriga.
Trabalhar em dupla significava ter que falar com alguém, e a ideia o deixava nervoso. Ele olhou ao redor da sala, vendo que os outros alunos já começavam a formar pares.Antes que pudesse se preocupar demais, Ayanami se virou para ele novamente.
— Shu, quer fazer dupla comigo? — Perguntou ela com um sorriso.
Shu sentiu seu coração disparar. Ele não esperava que ela o convidasse tão diretamente. Engoliu em seco e respondeu:
— Claro. Eu adoraria.
— Ótimo! — Respondeu Ayanami, animada.
— Podemos discutir o tema depois da aula, se você quiser.
Shu assentiu, ainda tentando processar a sorte que parecia ter caído sobre ele. Quando a aula finalmente terminou, eles arrumaram suas coisas e saíram juntos.
— Então, sobre o projeto... — Começou Ayanami enquanto caminhavam pelo corredor.
— Você tem alguma ideia de tema?Shu pensou por um momento.
Ele queria escolher algo que ambos gostassem e onde pudesse contribuir com seus desenhos.
— Talvez... algo relacionado a arte e música?
— Sugeriu ele timidamente.
— Eu posso desenhar e você pode falar sobre a música.Ayanami sorriu amplamente.
— Adorei a ideia, Shu! Vai ser incrível. Podemos nos encontrar na biblioteca depois das aulas para começar a trabalhar nisso. O que acha?
— S-sim, claro. — Respondeu Shu, mais animado do que nunca.
Eles caminharam juntos até a saída da sala, Shu sentindo-se mais confiante a cada passo. O medo de ser invisível estava começando a desaparecer, substituído pela esperança de novas amizades e possibilidades.
E tudo isso graças a Ayanami, a garota que viu além de seu exterior tímido e o ajudou a acreditar que ele podia ser mais do que apenas um fantasma.
Chegando em casa, Shu largou a mochila no chão do quarto e se jogou na cama, exausto, mas feliz. Olhando para o teto, ele começou a refletir sobre o dia. Havia sido, sem dúvida, um dos dias mais surpreendentes e significativos de sua vida.
"Eu realmente consegui," pensou Shu, um leve sorriso se formando em seu rosto.
"Ayanami me notou. Ela quer ser minha amiga."Ele fechou os olhos, revivendo os momentos que compartilharam.
A forma como Ayanami havia sido gentil e aberta, o jeito como ela o fez sentir-se à vontade, algo que nunca tinha experimentado antes.
Pela primeira vez, Shu sentiu que não era invisível, que alguém o via como uma pessoa real e digna de atenção.
Os pensamentos começaram a se entrelaçar em sua mente. Ele lembrou-se de todas as vezes em que se sentiu como um fantasma, caminhando pelos corredores da escola sem ser notado, e as piadas cruéis que o marcaram na infância. A insegurança e a timidez que o acompanharam por tanto tempo agora começavam a parecer menos imponentes.
"Se eu consegui falar com Ayanami, talvez consiga fazer mais amigos também,"
pensou ele, sentindo uma chama de esperança crescer dentro de si. Ele sabia que o caminho à frente não seria fácil e que haveria momentos de dúvida e medo, mas agora tinha algo pelo qual lutar.
Shu Pegou seu caderno de desenhos e começou a folheá-lo, imaginando quais ilustrações poderia mostrar a Ayanami. Cada traço, cada sombra que desenhava parecia ter mais significado agora. Ele queria que seus desenhos expressassem não apenas sua habilidade, mas também seus sentimentos e emoções.Shu pensou na próxima vez que se encontrariam na biblioteca para trabalhar no projeto.
Ele queria se preparar bem, não apenas para impressioná-la, mas também para mostrar a ela que estava comprometido e disposto a se abrir mais.
"Talvez eu possa desenhar algo relacionado à música, algo que ela goste,"
refletiu Shu. "E talvez, com o tempo, eu possa desenhar algo especial para ela.
"Ele sentia que, finalmente, tinha uma direção. A amizade de Ayanami havia trazido uma nova perspectiva para sua vida, e ele estava determinado a cultivar essa relação com cuidado e dedicação.
"Obrigado, Ayanami," murmurou Shu, sentindo um calor reconfortante em seu peito.
"Por me ver, por acreditar em mim.
"Com um suspiro profundo, Shu fechou o caderno e se aninhou sob as cobertas. Ele sabia que havia muito trabalho a ser feito, tanto no projeto quanto em sua própria confiança, mas agora, ele não estava mais sozinho. E essa era a maior vitória de todas.Adormeceu com um sorriso no rosto, sonhando com as novas possibilidades que o futuro poderia trazer, e com a esperança renovada de que, com um pouco de coragem, ele poderia realmente deixar de ser um fantasma.
O som da porta da frente se abrindo ecoou pela casa. Daisuke, o pai de Shu, entrou silenciosamente, carregando a habitual expressão de cansaço após um longo dia de trabalho. Ao passar pelo quarto de Shu, ele abriu a porta devagar e encontrou seu filho adormecido, um raro sorriso de contentamento estampado em seu rosto. Kenji sorriu suavemente, sabendo que Shu havia tido um bom dia na escola.
Sem querer acordá-lo, ele fechou a porta com cuidado e foi para a sala.Mais tarde naquela noite, Shu despertou com a luz suave do abajur ao lado de sua cama. Ele se espreguiçou, sentindo-se renovado após o cochilo, e lembrou-se da promessa de encontrar Ayanami na biblioteca.
Com um sentimento de determinação, ele se preparou para o próximo dia.
Na manhã seguinte, Shu chegou à escola um pouco mais cedo do que o habitual. Ele foi diretamente para a biblioteca, ansioso para começar o projeto e também para continuar a interação com Ayanami. Ao entrar, viu Ayanami já sentada em uma mesa, folheando alguns livros de música.
— Bom dia, Shu! — Ayanami acenou, com um sorriso radiante.
— Trouxe algumas ideias para o nosso projeto.Shu sentou-se ao lado dela, sentindo-se mais à vontade do que esperava. Eles começaram a discutir os detalhes do trabalho, e a conversa fluiu naturalmente, com Ayanami guiando a maior parte da interação, mas Shu começando a contribuir mais conforme se sentia mais confiante.
Depois de um tempo, Ayanami fez uma pausa e olhou para Shu.— Sabe, Shu, acho que seria bom trocarmos nossos números de telefone. Assim, podemos nos comunicar mais facilmente sobre o projeto e, quem sabe, até conversar sobre outras coisas. O que acha?
Shu ficou surpreso e um pouco nervoso, mas assentiu.
— S-sim, claro. Isso seria bom.Ayanami pegou um papel e uma caneta, anotou seu número e entregou a Shu.
— Aqui está. Não hesite em me mandar uma mensagem se precisar de algo, ok?
Shu guardou o papel cuidadosamente em seu caderno.
Ele mal podia acreditar na sorte que estava tendo. Ayanami não só estava disposta a ser sua parceira de projeto, mas também queria manter contato fora da escola.Enquanto voltavam para a sala de aula, Shu se sentia mais confiante e otimista sobre o futuro.
O apoio e a amizade de Ayanami estavam começando a fazer uma grande diferença em sua vida.Ao chegar em casa naquela noite, Shu encontrou Daisuke na cozinha, preparando o jantar. O pai olhou para o filho e notou a diferença em sua expressão.
— Vejo que teve mais um bom dia, Shu.
— Disse Daisuke, com um sorriso.Shu assentiu, ainda um pouco tímido, mas com um brilho nos olhos.
— Sim, pai. Acho que estou começando a fazer amigos.
— Ele disse, hesitante, mas feliz.
Daisuke sentiu uma onda de alívio e felicidade.
Ele sabia o quanto Shu havia sofrido com a perda da mãe e com o isolamento na escola. Ver seu filho começar a se abrir e fazer amizades era tudo o que ele sempre desejara.
— Estou muito orgulhoso de você, Shu. Continue assim.
— Daisuke respondeu, colocando uma mão reconfortante no ombro do filho.
Shu sorriu, sentindo-se mais fortalecido e apoiado. Ele sabia que ainda havia um longo caminho pela frente, mas com Ayanami ao seu lado e o apoio de seu pai, ele sentia que poderia enfrentar qualquer desafio.
Depois do jantar, Shu subiu para o seu quarto. Sentou-se na cama, pegou o papel com o número de telefone de Ayanami e o olhou por um momento, sentindo uma mistura de nervosismo e entusiasmo.
Ele pegou seu celular, digitou o número dela e começou a escrever uma mensagem.
"Oi, Ayanami. Aqui é o Shu. Só queria agradecer por hoje. Foi muito bom trabalhar com você no projeto. :)"
Ele hesitou por um momento antes de apertar o botão de enviar, sentindo-se nervoso sobre como ela responderia. Após alguns minutos, o telefone vibrou com a resposta dela.
"Oi, Shu! Fico feliz que tenha gostado. Eu também gostei muito. :) Podemos marcar mais vezes para continuar o projeto, se você quiser."
Shu sorriu, sentindo-se mais à vontade. Continuou a conversa, sentindo-se cada vez mais confiante.
"Eu gostaria disso. Podemos nos encontrar na biblioteca amanhã, depois da aula?"
"Claro! Vejo você amanhã, então. Boa noite, Shu!"
"Boa noite, Ayanami."Com um sorriso no rosto, Shu desligou o celular e se deitou, sentindo-se contente.
Ele pensou em como sua vida estava começando a mudar para melhor, e adormeceu com uma sensação de esperança e excitação pelo dia seguinte.
No dia seguinte, Shu chegou à escola ansioso para reencontrar Ayanami. As aulas passaram rapidamente, e logo ele se dirigiu à biblioteca. Ao entrar, viu Ayanami sentada na mesma mesa de antes, esperando por ele com um sorriso amigável.
— Oi, Shu! — Disse ela, acenando. — Pronto para continuar?Shu assentiu e sentou-se ao lado dela.
Eles começaram a trabalhar no projeto, discutindo ideias e compartilhando pensamentos. Ayanami percebeu que Shu estava mais à vontade e decidiu puxar um pouco mais de conversa pessoal.
— Shu, você mencionou que gosta de desenhar. Posso ver alguns dos seus desenhos?
Shu hesitou por um momento, mas finalmente decidiu que era hora de compartilhar uma parte importante de si mesmo. Pegou seu caderno de desenhos e o abriu, mostrando algumas das suas melhores obras para Ayanami.
— Uau, Shu! Seus desenhos são incríveis! — Ela exclamou, impressionada.
— Você tem muito talento.Shu sentiu-se corar, mas ao mesmo tempo, uma sensação de orgulho o invadiu.
— Obrigado, Ayanami. Isso significa muito para mim.Ayanami olhou para ele com carinho.
— Sabe, Shu, eu acho que você deveria mostrar esses desenhos para mais pessoas. Eles são realmente bons.Shu sorriu timidamente.
— Talvez um dia. Por enquanto, estou feliz em compartilhar com você.Eles continuaram a trabalhar no projeto, mas a conversa fluiu naturalmente para outros assuntos, e Shu começou a se sentir mais confiante em falar sobre sua vida e seus interesses. A amizade entre eles crescia a cada momento.
Quando finalmente terminaram de estudar, Ayanami olhou para Shu com um sorriso.
— Shu, estou feliz de ter você como amigo. E estou ansiosa para ver até onde nossa amizade pode ir.Shu sorriu, sentindo uma onda de felicidade.
— Eu também, Ayanami. Obrigado por acreditar em mim.
Eles se despediram com um aceno e um sorriso, ambos sentindo-se mais conectados do que nunca. Shu sabia que, com Ayanami ao seu lado, ele poderia enfrentar qualquer desafio e continuar a crescer. E com cada novo dia, ele se afastava mais da sombra de seu passado, abraçando o futuro com esperança e confiança.