Capítulo sete

[Pov: Alaric]

Depois que eu percebi a situação que eu estou, eu comecei a entrar em panico, por que eu não sei onde eu estou e só sei que eu estou longe de casa.

'O que eu faço agora?' Eu penso, desesperado por que eu estou no meio de uma floresta desconhecida no meio da noite.

Mas percebendo que entrar em panico não vai me ajudar, eu respiro fundo e olho a minha volta com mais atenção.

Como está de noite, eu decido concentrar mana nos meus olhos para melhorar um pouco a minha visão para poder pelo menos ver o que tem por aqui.

Olhando para trás, eu vejo a única parte diferente desse lugar, que é uma praia que se encontra abaixo de um barranco um pouco mais a frente.

'Eu acho que uma praia seria mais segura do que essa floresta desconhecida.' Eu penso, caminhando em direção ao barranco.

'Não é tão alto assim'. Eu penso, antes de simplesmente me jogar do barranco e em direção a praia.

*Thud* "Aí" Ao encostar no chão eu imediatamente tropecei e bati com a cara no chão.

"..."

"Enfim, melhor ver o que tem por aqui". Eu digo, olhando a meu redor.

A parte que fica o barranco se transforma em uma parede mais pra frente, aqui tem um espaço decente entre o barranco e o mar, e tem um grande caminho para a esquerda e para a direita.

Não sabendo para qual direção seguir, eu decido pegar um graveto e jogar para decidir a direção que eu vou.

"O lado que a folha cair eu vou." Eu digo e jogo o graveto para o ar, e vejo ele caindo no chão, com a folha virada para a esquerda.

"Esquerda então". Eu digo e começo a caminhar por um tempo.

Depois de caminhar por um tempo, eu encontro uma abertura na parede, e ela não parece ter nenhum sinal de vida na entrada, então eu decido entrar e ver como está á situação lá dentro.

O interior da abertura não é nada de mais, tem algumas pedras grandes pelo chão, mas além disso nada.

'Pelo menos eu posso usar esse lugar para dormir por enquanto.' Eu penso, já muito cansado por tudo o que aconteceu.

Então, eu saio da abertura, ativo as minhas asas para subir a parede para pegar várias folhas das árvores e volto para a abertura.

'Não é o melhor mais vai ter que servir.' Eu penso, empilhando as folhas em baixo da minha cabeça e me virando de costas para o fundo da abertura para dormir, ouvindo o barulho das ondas.

[ Dia seguinte]

Sentindo a luz do sol batendo no meu rosto, eu acordo e olho ao redor.

'Beleza, hoje eu vou dar uma olhada na floresta para ver se eu encontro algo para comer.' Eu penso, com fome por não ter comido nada desde a luta com aqueles caras ontem.

Então eu dou uma última olhada a caverna, e começo a voar até a floresta.

'Eu não prestei atenção nisso antes, mas essa floresta não tem muitos sons, melhor eu tomar cuidado.' Geralmente os animais param de fazer barulho quando tem predadores por perto, então eu continuei andando com cuidado.

Depois de alguns minutos andando, eu encontro uma clareira na floresta, mas tendo lido livros o bastante, eu sei que não é uma boa ideia entrar aí.

'Eu é que não vou ficar em plena vista assim no meio da floresta.' Eu penso, enquanto eu dou a volta na clareira sendo o mais silencioso possível.

Depois de mais alguns minutos eu encontro umas frutas em uma árvore, então sem ligar em que tipo de frutas são, eu vou em direção a árvore, mas quando eu estendo a mão para pegar uma das frutas.

*Swoosh* Eu escuto um barulho e consigo rolar para fora do caminho no último segundo.

*Grrrr* O meu atacante rosna por ter errado e se vira para atacar novamente, me permitindo ter uma visão melhor dele.

'Porra que nojo'. Eu penso, observando a criatura que me atacou.

Ela tem a aparência geral de um tigre, só que tem o dobro do tamanho, e parece um zumbi, com metade de seu rosto completamente apodrecido, costelas a mostra e um líquido roxo pingando de sua boca e olhos.

'Um vextan, e esse parece ser um rank 3, eu preciso tomar muito cuida-'. Não me dando tempo para terminar o meu pensamento o tigre ataca novamente, pulando em minha direção com a intenção de morder.

*WOOSH* Novamente eu desvio no último segundo e atiro uma flecha de sangue que não faz muita coisa.

Vendo que o meu ataque não causou muito dano, o tigre fica mais ousado, atacando várias vezes, não me dando brecha para tentar outra coisa.

*Swish* "Argh" Uma das garras acertou as minhas costas, me fazendo gritar de dor.

'Merda, se isso continuar eu não vou durar muito, o que eu posso fazer?' Eu começo a tentar bolar um plano enquanto desvio.

'Meus ataques não conseguem penetrar a sua pele, e ele não está me dando tempo para ativar o sangue arcano, então talvez eu deva atacar ele por dentro.' Eu penso e me concentro esperando a oportunidade certa, que não demora para aparecer.

*Swoosh* Vendo que eu não estava me mexendo, o tigre decidiu me atacar pela frente mesmo.

Vendo o tigre vindo em minha direção, era como se tudo ficasse em câmera lenta.

'Agora é tudo ou nada'. Eu penso, criando uma semente de sangue, e jogando ela dentro da boca do tigre.

Vendo que o ataque ia acertar, eu imediatamente rolei para o lado, desviando do ataque no último segundo.

*Grrrr* Vendo que ele errou de novo, o tigre rosna e se vira para mim, mas antes que ele possa fazer qualquer coisa, ele para de repente e seus olhos se reviram para o topo da cabeça.

Depois de ficar uns 10 segundos assim, eu vejo que ele não vai se mexer então eu me aproximo.

Chegando perto, eu consigo ver que tem algumas pequenas pontas de espinhos saindo do corpo do tigre, o que significa que o meu ataque deu certo.

Prestando mais atenção, eu vejo que o tigre continua respirando e rapidamente atiro uma flecha mais forte que o normal em sua testa, perfurando seu cérebro e o fazendo cair.

'Cara, se eu não tivesse feito essa técnica eu estaria ferrado'. Eu penso, tremendo ao imaginar o que aconteceria se eu não tivesse um ataque como esse.

'Esse vextan não era especialmente forte, mas ele tinha a vantagem do terreno e de experiência, então eu quase morri.' Eu penso, me lembrando da luta.

'Eu preciso criar uma técnica para usar no corpo a corpo, talvez garras ou algo do tipo, por que só ter as manoplas não vai ser tão útil nesse tipo de inimigo.' Eu penso, enquanto vou em direção a árvore, e pego algumas frutas.

Com as frutas pegas e as minhas costas machucadas, eu decido que chega de exploração por hoje, mesmo que ainda esteja de manhã e volto para a praia, não esquecendo de pegar gravetos e folhas secas pelo caminho, para fazer uma fogueira mais tarde.

Chegando na caverna, eu coloco as frutas em cima das folhas e os gravetos no chão.

'Hmm, frutas pyem, são basicamente a versão mágica dos pêssegos do meu mundo, mas o caroço delas não são amargos igual os pêssegos do meu mundo.' Eu penso, pegando uma e comendo.

'Hm, bem doce, assim que é boa'. Eu penso, enquanto termino de comer a fruta.

Ao terminar a fruta, eu olho para a ferida nas minhas costas e penso.' Já parou de sangrar, mas não custa nada usar uma cura aqui.'

Depois de me curar, eu levanto e vou até o mar.

'Só as frutas não vão servir, melhor pegar uns peixes também.' E com isso, eu foco a mana nos meus olhos, crio as minhas asas e começo a sobrevoar o mar.

Depois de pegar alguns peixes eu vejo que já esta se aproximando do meio dia e decido acender uma fogueira e cozinhar os peixes depois de limpar as tripas.

Depois de comer um peixe e embalar outro em folhas para cozinhar mais tarde, eu decidi passar o resto do dia coletando mais recursos e organizando coisas, basicamente criando uma base naquela caverna.