[Pov-???]
Meu nome é Maya Hargreave, sou a filha do meio do Conde de Huntingdon e também sou uma capitã da guarda do Condado.
Recentemente nós estivemos recebendo varios alertas sobre membros do culto dos reis atacando vilas que estão mais distantes, então meu pai decidiu reunir todos os capitães da guarda para planejar um meio de resolver isso.
Atualmente eu estou me dirigindo até a sala de reunião para que nós possamos discutir a melhor forma de resolver este problema.
Entrando na sala, eu vejo que sou a última a chegar.
"Capitã Hargreave, agora que você chegou, por favor sente-se que nós vamos começar a reunião." Meu pai fala, assim que me vê entrando na sala, ele é um homem com cabelo laranja e preto, olhos verdes, alto, com a pele mais bronzeada, e a parte que chama mais atenção, são as duas orelhas e cauda.
Meu pai assim como eu é um membro do clã tigre, um dos clãs que fundaram o reino, mas como os nossos ancestrais não quiseram sair de perto da serra e se mudar para a capital, nós recebemos este condado, que serve como uma linha de frente contra as criaturas mágicas ou vextans que venham da Serra de Oricalco.
Me sentando na mesa junto com os outros capitães eu começo a ouvir os planos que o meu pai tem por um tempo até ele me mencionar.
"Capitã Hargreave, a sua missão é checar as vilas que ficam dentro da Serra de Oricalco e para isso, você pode levar até 150 cavaleiros com você, caso você encontre membros do culto, capture-os e se isso não for possível então os mate." Meu pai diz, olhando para mim com uma expressão séria em seu rosto.
"Sim, senhor." Eu respondo e me levanto, saindo da sala para encontrar o meu vice capitão que vai me ajudar a reunir os outros soldados que vão nos acompanhar nessa missão.
Depois de 3 dias, nós terminamos de organizar os recursos e juntar o número necessário de cavaleiros para nos acompanhar e partimos em direção a Serra de Oricalco.
Durante o trajeto, eu percebi que não encontramos quase nenhum vextan ou alguma besta mágica, o que significa que o nosso trabalho em os afastar do condado tem sido efetivo.
Depois de 2 dias, nós chegamos na primeira vila durante o início da manhã, e imediatamente percebemos que o clima entre as pessoas não está muito bom.
Vendo que o clima está ruim, nós imediatamente começamos a perguntar as pessoas o que houve, e as suas respostas me fizeram tremer de raiva.
"5 dias atrás, um jovem ferido carregando duas crianças chegou na vila e quando questionado, ele disse que as pessoas de sua vila haviam sido capturadas por membros do Culto dos Reis." Uma senhora diz, e eu solto um rosnado de raiva ao ouvir sobre o que aconteceu.
Depois de algumas horas eu me reúno com os meus homens, que receberam histórias parecidas com a que eu ouvi, nós decidimos ir direto para a próxima vila, sabendo que pela distância, nós chegaríamos no por do sol.
E então, nós montamos em nossos cavalos e fomos em direção a próxima vila, que não é tão longe assim.
Depois de algumas horas, com o sol se pondo, nós vemos a imagem da vila na distância, mas algo não parece certo, e ao chegarmos lá, nós confirmamos que a história que nós foi contada na primeira vila era verdade.
Entrando na vila, nós não vemos ninguém, e também não ouvimos nenhum barulho, até mesmo algumas casas tem as portas abertas.
"Capitã, eu acho que eu ouvi um barulho." O meu vice capitão, um homem com cabelo preto e orelhas de gato, de repente falou em meu ouvido e eu paro para prestar atenção.
*Tek Tek Tek* Um barulho não muito alto chega nas minhas orelhas e me faz olhar em direção ao centro da vila.
"Muito bem, tem algo no centro da vila, tomem cuidado e me sigam." Eu digo para os cavaleiros atrás de mim e vou em direção ao centro da vila.
Chegando lá, eu me deparo com a cena de uma figura coberta por uma capa preta, empilhando pedras no chão, então sem pensar muito eu grito.
"PARADO AI." Eu grito e a figura para, olhando para mim e me ignorando completamente, antes de colocar mais uma pedra e se ajoelhar no chão.
Vendo que eu fui ignorada, eu não consigo me segurar mais e vou em direção a figura, colocando a mão com força em seu ombro e dizendo.
"Você tem muita coragem para me ignorar desse jeito." Eu digo, com irritação clara em meu tom de voz, mas para a minha surpresa, a figura se vira e diz.
"E você tem muita coragem para me interromper no meio da minha oração dedicada a essas pessoas, agora me solta que eu vou ter que recomeçar." Ele diz,com um tom irritado e tirando a minha mão de seu ombro com uma quantidade boa de força e fechando os olhos novamente.
Ouvindo suas palavras, eu olho ao redor e percebo que as pedras estão empilhadas em frente a vários buracos recentemente tampados, como se fossem lápides.
Vendo isso, eu olho para os cavaleiros atrás de mim, que também entenderam a situação, e todos nós começamos a nos ajoelhar e rezar pelas pessoas que morreram.
Depois de alguns minutos, nós nos levantamos e vemos que a figura já se levantou e está nos esperando terminar em silêncio.
Vendo isso, eu começo a ter uma opinião positiva sobre essa figura misteriosa, eu só espero que continue assim.
Depois que todos nos levantamos, eu me aproximo da figura e me apresento.
"Olá, eu me chamo Maya Hargreave, 7° capitã da guarda do Condado de Huntingdon, você pode me dizer o que aconteceu aqui?" Eu pergunto, depois de me apresentar e a figura olha para mim antes de responder, o que me permite ver mais da sua aparencia.
Ele tem o cabelo loiro, olhos vermelhos, orelhas longas, que mostram que ele é um Elfo, e pelo seu tamanho, ele não deve ser tão velho.
"Eu me chamo Alaric, e para te responder sobre o que houve, cultistas atacaram a vila e sacrificaram os moradores em um ritual." Ele diz, com um tom triste, enquanto olha para o local onde as pedras estão empilhadas.
Ouvindo a sua resposta, eu perco o controle um pouco e solto um rosnado, que aparentemente assustou o garoto, pelo pulo que ele deu.
"Você pode me levar ao lugar onde o ritual foi realizado?" Eu pergunto e ele acena com a cabeça, vendo isso, eu chamo o meu vice capitão.
"Bastion, nós vamos seguir o garoto até onde foi feito um ritual do culto." Eu digo e ele acena, antes de se aproximar.
"E o resto de vocês, fiquem aqui e garantam que nada atrapalhe a nossa investigação!!" Eu digo, dessa vez com um tom mais autoritário.
"Bom, vamos lá então." O garoto, Alaric diz, andando em uma direção, comigo e bastion atrás dele.
Depois de andar um pouco, ele nos traz para a entrada de uma mina, com um rastro de sangue na frente.
Entrando na mina, nós seguimos a trilha de sangue até o final, onde o sangue acaba e o caminho vira uma decida.
Enquanto nós estávamos descendo, ele começou a explicar a situação dele, sobre como ele apareceu nesse continente até como ele chegou nessa vila.
Ouvindo a sua história, eu fico chocada em saber que um garoto de 10 anos teve que passar por tudo isso, e pela reação do meu vice, eu sei que não sou a única.
Depois de decer por um tempo, nós chegamos em uma parte bem iluminada, onde o garoto para e diz, com uma voz sem emoção.
"Chegamos." Só de ouvir o tom de voz dele, eu consigo saber que a cena não é nada boa, então sem mais enrolações, nós entramos na sala e ficamos em choque.
No meio da sala tem um círculo de ritual desconhecido e com muito sangue ao redor, em uma das paredes tem o símbolo do culto desenhado em sangue, olhando em volta da sala eu também vejo várias poças de sangue.
Decidindo ver mais de perto, eu começo a dar um passo para a frente quando eu sou parada pelo garoto.
"O que foi?" Eu pergunto, levantando uma sobrancelha, e tudo o que ele fez foi apontar para aonde eu ia pisar, e eu vejo uma pequena poça do que parece ser vomito.
"Ah, obrigada." Eu digo e contorno o vômito antes de olhar mais ao redor da área, mas não encontrando nada de muito útil além do círculo de ritual.
"Eu não reconheço esse círculo, você sabe o que é?" Eu pergunto para o garoto já que ele encontrou esse lugar primeiro e obviamente mecheu nas coisas, e Bastion que estava quieto, também começou a prestar atenção.
"Isso é um círculo para um ritual de fortalecimento para os vextans, o culto está tentando criar outro rei." Ele diz, e essas palavras são o bastante para fazer o meu sangue gelar, e o meu corpo começar a tremer, olhando para o lado, eu vejo que não sou a única já que bastion está tremendo e com a cara pálida.
"G-Garoto, você tem certeza disso?" Eu pergunto e ele acena com a cabeça.
"E como você sabe disso?" Eu pergunto e ele parece hesitar antes de responder.
"Foi o meu Deus que me contou, ontem a noite." Ele diz e os meus olhos se arregalam.
"D-Deus? Você consegue se comunicar com um Deus?" Eu pergunto, incrédula e ele responde.
"Sim, afinal eu sou um campeão." Ele diz com um sorriso e eu só escuto o som de algo caindo no chão, e quando eu me virei eu vi que Bastion tinha desmaiado.