Capítulo 60: Rompendo os Véus - A Busca pelos Portais

Após compartilharem suas visões, os Lanternas Primais se reuniram novamente, cada um trazendo suas perspectivas sobre como romper os véus que separavam seu mundo dos reinos de Kairos e Taikros.

Analisando as Visões:

"O reino de Kairos parecia estar intrinsecamente ligado à própria essência do fogo primordial, um ciclo constante de criação e destruição," Ash explicou, sua aura branca da vida ainda ressoando com a energia que sentira. "Talvez precisemos encontrar um ponto de convergência de energia vulcânica intensa, um lugar onde o véu entre os mundos esteja mais fino."

"O reino de Taikros parecia sobreposto ao nosso, como camadas de tempo," Naruto acrescentou, sua concentração verde ainda sintonizada com o fluxo temporal. "Talvez devamos procurar por locais onde o tempo se manifeste de forma incomum, onde o passado e o presente pareçam se tocar."

Castiel, com base em suas pesquisas arcanas, teorizou que o selamento de Kairos e Taikros poderia ter criado ressonâncias específicas no tecido da realidade, pontos onde seus reinos etéreos se aproximavam do plano físico.

A Busca pelos Pontos de Conexão:

Guiados por essas teorias, os Lanternas Primais se dividiram novamente, cada grupo explorando diferentes regiões de Animus Aetherium:

Ash e Akuma No Kenji (Raiva): Viajaram de volta à cadeia vulcânica, buscando o ponto exato onde Ash havia tido sua visão. A energia intensa da raiva de Kenji poderia, paradoxalmente, ajudar a detectar perturbações na energia do fogo primordial.

Naruto e Obi no Akumu (Medo): Retornaram ao vale das ruínas antigas, concentrando-se em áreas onde Obi no Akumu havia sentido as anomalias temporais. O medo, com sua sensibilidade a perturbações, poderia ajudar a identificar as "ondas" no fluxo do tempo.

Castiel e Aoi Hikari no Sōsha (Esperança): Exploraram locais de grande significado espiritual e histórico, onde a fé e a esperança poderiam atuar como chaves para desbloquear dimensões ocultas.

Konjiki no Kaihōsha (Compaixão) e Murasaki no Kizuna (Amor): Buscaram lugares de forte conexão emocional e empatia, acreditando que o amor e a compaixão poderiam criar pontes entre os mundos.

Gouyoku no Shosha (Avareza), Kogane no Yorokobi (Felicidade) e Kage no Rekuiemu (Morte): Investigaram locais onde a energia da vida e da morte se encontravam, e onde a busca por algo valioso poderia revelar caminhos inesperados.

Shigai no Azatoi (Vergonha): Explorou lugares isolados e esquecidos, onde o peso do passado e os segredos ocultos poderiam ter enfraquecido os véus dimensionais.

Os Primeiros Sinais:

Em suas buscas, alguns grupos começaram a encontrar sinais de que estavam no caminho certo:

No coração da cadeia vulcânica, Ash sentiu um aumento repentino no calor e uma pulsação rítmica mais forte do que a da lava. Akuma No Kenji também percebeu uma estranha ressonância em sua raiva, como se o próprio fogo primordial respondesse à sua intensidade.

No vale das ruínas, Naruto começou a experimentar lapsos de tempo, breves momentos onde o ambiente ao seu redor parecia mudar sutilmente, como se vislumbres do passado se sobrepusessem ao presente. Obi no Akumu sentiu picos de ansiedade inexplicáveis nesses momentos, como se o próprio tempo estivesse instável.

Em um antigo templo dedicado aos ciclos da vida e da morte, Castiel e Aoi Hikari no Sōsha sentiram uma aura de profunda sabedoria e serenidade, acompanhada por vislumbres de chamas douradas dançando nas sombras.

A Teoria dos Portais Emocionais:

Castiel, com base nessas descobertas iniciais, teorizou que os portais para os reinos de Kairos e Taikros poderiam ser acessados através de uma intensa concentração das emoções que ressoavam com a natureza de cada deus. O fogo da transformação, a renovação e o ciclo da vida para Kairos; o fluxo, a percepção e a serenidade do tempo para Taikros.