[...]
Fizemos questão de colocá-lo em uma das casas que estava na melhor das condições.
As acomodações não eram das melhores mas diria que está no mínimo confortável.
Foi improvisado uma cama com folhas secas e grama enrolada. Hey! Não temos travesseiro ou uma cama esse é o melhor que podemos fazer!
Seu ferimento foi limpo por uma das orcs fêmeas com uma certa experiência, o restante de seu corpo não parece ter sofrido algum dano severo.
Solicitei que levassem algum alimento e água fresca para ele e rapidamente havia sido feito.
— Agradeço mais uma vez toda ajuda e apoio. (Starko'gus)
— Como se sente? (Satouma)
— Um pouco avariado, já faz um tempo desde a última vez que lidei com um Javali selvagem. (Starko'gus)
Então foi esse animal que o atacou.
Já tive uma experiência rápida lidando com um deles, posso dizer que é um oponente formidável, ainda mais para alguém como ele.
— Queira nos desculpar pelas acomodações precárias, como pode ver não estamos preparados para receber visitas. (Satouma)
— Está brincando?? Isso é bem melhor do que meus acampamentos improvisados, até que vocês trabalharam rápido, suponho que tenha ensinado algo para eles. (Starko'gus)
— Não, apenas aprenderam por si mesmo, podemos ser monstros mas sabemos como nos virar. (Satouma)
— Percebe-se, mas não posso deixar de perguntar, Senhorita Satouma não é? Quais são suas intenções? (Starko'gus)
— Intenções? (Satouma)
— Não me entenda mal, eu tenho o olho para saber quando estou para lidar com algum tipo de negociação...quer dizer pelo menos um deles como pode ver e eu sei que não me trouxe aqui apenas para faze perguntas como foi conversado antes. (Starko'gus)
Ele é bem perspicaz.
De fato tenho outras intenções com ele, mas achei que uma conversa casual poderia quebrar o gelo.
Geralmente é assim que lido em uma reunião com colaboradores de empresas vizinhas, antes de colocar o assunto em pauta na mesa preciso de uma abordagem mais sutil, para então, quando ás coisas estiverem mais apaziguadas as negociações possam ser iniciadas, mas logo de cara ele percebeu a minha real intenção.
— Você realmente tem uma boa visão nesse sentido, sim de certa forma quero lhe usar mas não no sentido de extorsão, está mais para uma orientação, elogios á parte você parece ser a pessoa ideal para uma conversa desse tipo, ou nesse caso o anão. (Satouma)
— Huhuhu, como eu lhe disse eu gosto de conversar, mas se me permitir a ousadia também gostaria de aproveitar o momento para fazer perguntas á você já que estamos colocando ás cartas na mesa, sou do tipo curioso por sinal. (Starko'gus)
— Com certeza, lhe responderei o que estiver ao meu alcance, o que gostaria de saber? (Satouma)
Ele deu uma breve encarada para o lado de fora, também fiz o mesmo pensando que algo estava acontecendo pelas minhas costas.
Mas não havia nada de mais, apenas alguns orcs e formigas juntos.
— Orcs e formigas das rochas, que combinação, como isso foi acontecer? (Starko'gus)
— É uma... (Satouma)
— Deixe-me adivinhar, longa história. (Starko'gus)
— *Sorri* Mas o que importa é que o desfecho levou á algo bom. (Satouma)
— Então permita-me mudar á minha pergunta... O que vem á seguir? (Starko'gus)
— O que vem á seguir? (Satouma)
— Diferente de humanos, anões e até mesmo os elfos, poucas espécies são sociáveis dessa maneira ao ponto de viver em uma sociedade, uma espécie caçadora jamais poderia viver de bom grado ao lado de uma predatória, então me pergunto, isso é o começo de algo novo? (Starko'gus)
O começo de algo novo.
Então ele compactua do ponto de vista universal, espécies de monstros interagindo e vivendo juntas, soa tão surreal assim? Agora posso ter certeza.
Mas eu ainda não tenho uma opinião á respeito disso, afinal não pertenço á esse mundo, mas pode ser um tópico interessante para se discutir.
— Quem sabe...sendo honesta eu estava meio perdida em meus objetivos, tudo o que eu queria era ficar em paz mas ás coisas desandaram e acabaram desse jeito, mas devo dizer que não é tão ruim quanto eu esperava. (Satouma)
No final das contas não somos tão diferentes uns dos outros, todos somos monstros então não há motivo para conflitos.
— Mas sobre isso ser o começo de algo novo...você pode estar certo, Senhor Starko'gus mas dirai que está mais para algo surreal... (Satouma)
Aproveitei o momento para dar um breve contexto da situação em que nos encontramos.
Surreal é a definição perfeita para isso, falando em um contexto direto, queremos formar uma espécie de sociedade.
Isso realmente seria um motivo peculiar para uma discussão uma "sociedade para monstros" o quão bizarro soa esse título.
Mas acabei utilizando de palavras adequadas para explicar.
Meus planos atualmente consistiam em ensinar aos orcs o básico para á sobrevivência.
Ensinamentos sobre cultivo, conhecimentos engenhosos, ou no mínimo uma pequena noção de como se formar um lar e recursos triviais como roupas e outras coisas necessárias.
Mas não sou lá qualificada para esse tipo de coisa, de longe sou uma das pessoas ideais para apresentar conceitos que vieram de uma era passada da qual minha espécie anterior desenvolveu ao longo da evolução.
Eu teria que mostrar para eles na prática como se fazer uma casa, arar um campo para cultivo, confeccionar roupas adequadas e outros conhecimentos essenciais.
Para esse tipo de coisa eu precisaria contar com a ajuda de terceiros que sejam de fora, mas acho difícil uma espécie avançada em conhecimento colaborar com ás minhas intenções.
— Bem, você estava certa isso realmente beira á ser algo surreal. (Starko'gus)
— Mas você pensou bastante enquanto eu falava, tem algo á compartilhar? (Starko'gus)
Ele realmente refletiu á respeito de todo esse absurdo, ele é um ótimo ouvinte, ou apenas está querendo achar um jeito de ridicularizar toda essa situação eu suponho.
— Construir uma sociedade do zero é algo absurdo, mas sendo um anão não digo que é impossível, nossa espécie é a prova disso, apesar de sermos considerados de certa forma inferiores aos humanos provamos o contrário vivendo por nós mesmos e construindo nossos lares. (Starko'gus)
— Então...é algo absurdo, mas é possível? (Satouma)
— Diria que está mais para algo um tanto curioso...ou quem sabe uma aposta. (Starko'gus)
— Aposta? (Starko'gus)
— Á respeito da parte da curiosidade diria que é mais algo pessoal, sim acho um absurdo a ideia de várias espécies de monstros diferentes vivendo juntas mas não posso deixar de imaginar a possibilidade de algo dessa maneira dar certo, sem falar que você parece determinada á seguir com essa ideia mesmo que alguém pensasse o contrário.
— Prossiga... (Satouma)
— Agora, sobre á parte da aposta é direcionada à Senhorita. Se isso vai dar certo ou não depende de uma série de fatores mas, isso também depende da sua determinação.
— Minha determinação? (Satouma)
— Pergunte á si, está disposta á fazer o que for preciso para seguir com esse objetivo? (Starko'gus)
Seguir com esse objetivo...
É uma boa pergunta para reflexão.
Quais são minhas reais intenções? Por qual motivo eu estou aqui?
Não devo nada á eles mas acabei nessa situação, de qualquer forma sinto que não posso sair dela simplesmente sumindo, considerando a situação em que eu estou...
Mas o que eu realmente quero...
— Quem sabe, tudo o que eu queria era viver em paz, mas olhe para mim acha que alguém como eu conseguiria tal coisa? (Satouma)
Se ao menos eu tivesse uma aparência menos ameaçadora quem sabe eu poderia me alocar em um local mais adequado.
Uma cidade humana ou algum vilarejo poderia me acolher, as possibilidades são um tanto limitadas nesse quesito.
— Então porque não posso dar um jeito de conseguir á minha própria paz e de quebra resolver esse problema pertinente. (Satouma)
Além do mais para quê escolher apenas uma das opções se posso lutar pelas duas coisas?
— Esperava uma resposta como essa? (Satouma)
— Não sei dizer, mas só acabou despertando mais o meu interesse, viver em paz enquanto ajuda na união de outras espécies, de fato isso realmente beira ao absurdo. (Starko'gus)
Tudo o que pude fazer foi rir dessa situação, uma discussão surreal acabou acontecendo e de uma maneira pacifica e descontraída.
— Devo confessar, o conheci hoje mas posso dizer que você é um anão convincente. (Satouma)
— Anos de experiência, com o temo aprendi mais á ouvir do que falar, graças á isso acabei descobrindo coisas interessantes, acabei conhecendo um ser surpreendente. (Starko'gus)
— Deveria considerar isso um elogio? (Satouma)
— Com certeza. Esquecendo a parte do absurdo sua ideia pode dar certo, desde o desaparecimento repentino do [Abyssal Dragon] Syphus ás coisas estão uma bagunça. (Starko'gus)
Tudo no final das contas resume ao desaparecimento de Syphus.
Se eu soubesse que ele afetaria tanto o sistema de vida desse lugar eu teria repensado á respeito.
Se bem que ele me avisou á respeito de sua presença notável, mas soava mais como ele se vangloriando.
Sem falar que eu também não podia recusar por várias razões.
— E-eu posso imaginar...posso soar uma tola mas o desaparecimento de sy...[Abyssal Dragon] Syphus é lago tão impactante? (Satouma)
Ao menos ele pode me contextualizar um pouco.
A única informação que tenho á respeito dessa mudança foi a migração de diversos monstros por essa floresta.
— De fato, seu desaparecimento é a causa de toda essa loucura, talvez a união dessas duas espécies se tornou possível por conta desse problema. (Starko'gus)
Isso eu posso confirmar, se não fosse pela minha ajuda talvez os orcs teriam levado á pior.
— Um velho amigo meu não gosta de metáforas, mas temo que é a melhor maneira de dar contexto á uma situação se me permitir... (Starko'gus)
Apernas ergui minha mão lhe dando a permissão.
Quem sabe com essa metáfora posso compreender melhor.
— Vamos ignorar todo o mito, pense em nosso temido dragão como um simples governante, imparcial nunca se envolveu em nenhuma regra ou criou alguma lei, mas todos o obedecem e o temem, como esperado de um governante certo? (Starko'gus)
— Hmm... (Satouma)
— Esse governante era o centro de tudo, seu poder exercia por toda as sociedades, no caso nós seres vivos, humanos, anões, elfos, monstros e outras criaturas, todos seguíamos nossas vidas com a presença imponente de nosso silencioso governante. (Starko'gus)
Uma presença notável, segundo ele mesmo.
Era a única coisa que podia lembrar com a introdução dessa analogia, de fato sua presença era imponente.
No dia em que me encontrei com ele naquela masmorra subterrânea, todo o miasma corrosivo e atmosfera pesada era pela simples presença daquela criatura magnífica que era o grande dragão.
— Vosso governante então decide se instalar permanentemente em um local, naturalmente todos sob sua proteção iriam querer estar perto dele, e aqueles que os temem iriam querer se afastar, apenas utilizando o senso comum ao seu favor. (Starko'gus)
O dia em que ele se selou na masmorra...
Todos os monstros presumiram que ele seria o grande protetor do lugar, alguns até mesmo o temiam.
Seus motivos eram outros mas dado sua presença no local ninguém se daria o benefício de perguntar o motivo de sua estadia.
— E assim foram por horas, dias, semanas, meses e quando nos demos conta vários séculos se passaram e as coisas se mantiveram como de costume, ninguém ousou questionar á autoridade de seu governante, isso até uma das sociedades tomar uma atitude contra seu governante.
— A Heroína abençoada... (Satouma)
— Oh? então está familiarizada com esse termo. (Starko'gus)
— Posso ter escutado de algum lugar. (Satouma)
No caso ouvi de maneira vaga.
Ele quase levou a pior nesse confronto aparentemente.
Chegando ao ponto de se isolar por quase duzentos anos, isso foi o suficiente para abalar esse lugar mais uma vez.
— Apesar dos esforços de nossa potencial libertadora, de nada valeu, apenas provocou a ira de nosso imparcial governante, criando assim um grande temor por toda essa floresta, ou no caso em todas ás sociedades existentes nela (Starko'gus)
Provavelmente ele deve ter dado um ataque de raiva ao sair frustrado daquele combate.
O que tornou sua presença ainda mais assustadora, ninguém ousaria desafiá-lo depois disso.
— As regras haviam mudado mais uma vez, mas nos adaptamos junto com elas, porem fomos surpreendidos novamente, o que nos levou ao caso mais comentado. (Starko'gus)
— O desaparecimento do [Abyssal Dragon]
— Sem seu governante, a sociedade entra em anarquia, cada um vai querer sua parte de seu grande reino e outros é claro vão querer expandir o seu domínio... (Starko'gus)
— A migração dos monstros, a expansão dos reinos... (Satouma)
— Sem um grande líder em comum para centralizar á todos, o caos vai predominar, o sistema vai mudar por completo outra vez, pode levar dias, meses, anos e quando nos dermos conta décadas já se passaram...até que um novo governante em comum ocupe o poder. (Starko'gus)
— No final das contas parece que estamos fadados á viver um ciclo. (Satouma)
Poderia estar indo longe mas isso parece estar caminhando para uma eventual guerra por poder.
Antes era cada um por si, mas isso agora estará mais evidente.
A presença de Syphus realmente era algo essencial nesse lugar
— Monstros farão o que for preciso para sobreviver no novo mundo, atacarão outras espécies, expandirão seus domínios...ou se unirão como uma unidade. Só o tempo dirá. (Starko'gus)
— Ótima analogia. (Satouma)
— Fico feliz em ter esclarecido alguma coisa. (Starko'gus)
Realmente foi bem esclarecedor, suas analogias foram precisas.
Embora eu pude notar certo tom de preocupação da sua parte enquanto dissertava á respeito.
— Mas o que você acha de toda essa situação? Esquecendo o lance do tempo, qual você acha que poderia ser o desfecho? (Satouma)
— Já ouvi perguntas parecidas mas eu não tenho uma resposta concreta, nesse caso eu apenas diria que seria um mero espectador. (Starko'gus)
— Espectador? (Satouma)
— O rumo que as coisas tomam são naturais, por muito tempo pensei nisso, mas com esse grande evento eu cheguei á pensar á respeito. O que pode acontecer amanhã? Uma tomada de poder? O fim de uma espécie? A união de dois povos diferentes? Paz? Batalhas? Eu apenas quero ver onde ás coisas irão chegar enquanto ainda puder viver nessa terra. (Starko'gus)
Um mero espectador...
Eu não esperava uma resposta tão vaga.
Esse anão estranhamente despertou mais meu interesse ao seu respeito, sinto que devo mantê-lo por perto.
— Então porque não me ajuda? Presumo que possa ter os recursos ou conhecer ás pessoas que podem me ajudar com o meu plano. Quem sabe esse lugar possa ser o marco de algum de seus possíveis desfechos, ou mais precisamente... (Satouma)
— Uma aposta. (Starko'gus)
— A maior de todas, não por poder ou dominância, mas pelo futuro. (Satouma)
Não espero que algo ruim aconteça, uma eventual guerra ou o nosso fim, muito menos posso prever que algo bom possa acontecer, ou algo tão simbólico quanto á paz territorial.
Mas para isso vou precisar de muitos recursos ao meu favor e também ter vários outros para estarem ao meu lado nesse objetivo.
— Uma aposta pelo futuro...isso daria um ótimo título para um livro, contudo soa como algo interessante. (Starko'gus)
— Pense nisso como uma troca, me ajude com o meu problema que eu lhe dou um desfecho. (Satouma)
— Devo confessar, é uma negociação um tanto conturbada, tenho um amigo que com certeza já me ofereceu ofertas tentadoras, mas de todas essa é a mais intrigante. (Starko'gus)
— Posso contar com o seu apoio? (Satouma)
Ergui a mão esperando uma resposta.
Então selamos esse acordo com um aperto de mãos.
— Senhorita Satouma, conte comigo. (Starko'gus)
Quanto ao seu desfecho pode soar como algo á longo prazo mas com o seu apoio será mais fácil conquistar os recursos necessários para cumprir com a minha parte do acordo.
— Mas devo dizer, não espere muito de um anão tão velho e ferido. (Starko'gus)
— Ah claro... se vou contar com o seu apoio isso não pode continuar assim não é verdade? (Satouma)
— Perdão? (Starko'gus)
Acabei me aproximando mais uma vez.
Sem nenhuma cerimônia toquei o ferimento em sua barriga, mas dado o seu estado atual temo que isso não seria o suficiente.
— Pode doer um pouco...ou não... (Satouma)
Mais uma vez utilizei minha magia de cura nele, com um pouco mais de intensidade.
Quando utilizo minha magia para curar alguém posso sentir alguns traumas em certas partes do corpo.
Os orcs costumam sentir uma certa fadiga muscular após uma batalha, ás formigas são bem sensíveis nas juntas, fora o cansaço para manter sua crosta protetora.
No caso do Senhor Starko'gus é um tanto específico.
Além do olho cego ele possuí uma debilitação em uma das pernas, como se ela tivesse sido quebrada á muito tempo.
Mas assim como o ferimento da sua barriga já não seria mais um problema.
— Está certo não posso contar com alguém ferido para seguir com os meus planos, eis um pequeno pagamento, pela nossa conversa. (Satouma)
— ...
Ele estranhou na primeira vez eu entendo bem como é essa sensação.
Seu ferimento havia sido fechado completamente, como se nunca tivesse sido feito.
Porém a sua surpresa foi maior, já que repentinamente ele se levantou.
Sem falar é claro que ele esfregou repentinamente seu olho cego.
— Como está a visão?
— Isso é... Como você... (Starko'gus)
— Sendo honesta foi apenas uma aposta, eu não sabia que a visão seria restaurada achei que poderia apenas aliviar á exaustão. (Satouma)
De fato é algo interessante.
Posso dizer que minha cura é extremamente poderosa ao ponto de restaurar ligamentos ou consertar um osso quebrado, mas restaurar algo tão delicado quanto á visão, ironia á parte foi como dar um tiro ás cegas.
— Nem ás poções de cura com á síntese perfeita é capaz de realizar tal feito. Esse poder, se não tiver enganado eles são similares á de alguém com o talento para ser um [Healer]! (Starko'gus)
— *Sorri* Então Senhor Starko'gus, gostaria de mudar á minha pergunta... Posso contar com o seu apoio? (Satouma)
— Será um prazer ajudá-la, quem sabe isso possa ser um início para uma potencial parceria. (Starko'gus)
— Excelente. Anthalia! (Satouma)
— Sim, majestade.(Anthalia)
— Chame Gashdo... teremos muito o que conversar agora. (Satouma)